Editorial V. 11, N. 2, 2018

ID: 52621

Autoria: Paulo Roberto da Cunha.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 186-187, Maio-Agosto, 2018. 2 página(s).

Tipo de documento: Editorial (Português)

Fatores Contingenciais que Afetam a Implementação do Subsistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP) na Percepção dos Controllers e Contadores Municipais

ID: 52622

Autoria: Denize Cavichioli, Denis Dall'asta, Clóvis Fiirst, Juliano Francisco Baldissera.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 188-204, Maio-Agosto, 2018. 17 página(s).

Palavras-chave: Contingência , Custos , Setor Público

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

O controle de custos é elemento essencial para a tomada de decisões dos gestores, eficiência e lucratividade dentro das organizações. Tal controle é utilizado pelas empresas do setor privado que buscam alcançar lucratividade em seus produtos e serviços. No setor público, a utilização de custos encontra-se em fase embrionária e ainda existem muitos desafios para a sua implantação, por tratar-se de um fato relativamente novo. Diante disso, o estudo teve por objetivo geral identificar a influência e a relação dos fatores contingenciais na implementação do SICSP. A partir de uma amostra de 203 respondentes e a aplicação de um questionário estruturado, foram realizados os procedimentos estatísticos de correlação de Spearman e regressão linear múltipla. Os principais resultados encontrados apontam para a existência de influência dos fatores Ambiente Externo, Estrutura, Tecnologia e Estratégia na implementação do SICSP. Além disso, não existem relações consideráveis entre os fatores contingenciais e a implementação do SICSP. Como contribuição teórica do estudo, destaca-se o entendimento dos fatores contingenciais em entidades do setor público, evidenciando lacunas na própria teoria, visto que alguns fatores não podem ser explicados, e, como contribuições técnicas/práticas, destacam-se as limitações que os gestores públicos precisam superar.

Efeitos do Endividamento em Moeda Estrangeira no Desempenho das Empresas Brasileiras

ID: 52623

Autoria: Guilherme Freitas Cardoso, Guilherme Santos Souza, Vinícius Silva Pereira.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 205-223, Maio-Agosto, 2018. 19 página(s).

Palavras-chave: Desempenho , Endividamento em moeda estrangeira , Internacionalização

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

Esse trabalho buscou preencher a lacuna referente a estudos que avaliassem a utilização de recursos em moeda estrangeira por empresas brasileiras em relação ao desempenho, buscando entender se os benefícios auferidos por utilizar tais recursos superam os custos envolvidos na transação. Assim, este estudo objetiva analisar quais os efeitos do endividamento em moeda estrangeira das empresas brasileiras e, além disso, verificar se estas empresas ao se internacionalizarem auferem benefícios deste processo em relação ao seu desempenho. A partir de uma amostra composta por empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa no período de 2010 a 2016, utilizou-se de regressão com dados em painel para testar os efeitos do endividamento em moeda estrangeira no desempenho e, posteriormente, incluiu-se na análise o processo de internacionalização para verificar como este impactava na relação endividamento em moeda estrangeira e desempenho. Os resultados sugerem que a utilização de recursos provenientes do exterior apresenta relação estatisticamente significante com o desempenho e que as empresas que se utilizam destas ferramentas são menos suscetíveis a fatores cambiais do que as que não se utilizam, corroborando com a teoria Market Timing em que as empresas vão buscar oportunidades nas imperfeições do mercado. Ao se analisar os resultados referentes a interação entre o custo de endividamento das empresas internacionalizadas verifica-se a continuidade do alinhamento com a teoria Market Timing e, além disso, a relação dessas variáveis com o desempenho apresenta uma relação não monotônica, indicando a presença de pelo menos um ponto de inflexão na relação desempenho com a internacionalização.

Estilos de Liderança e o Uso do Sistema de Controle Gerencial: Evidências do Nível de Formação de Gestores de Topo

ID: 52624

Autoria: Stella Maris Lima Altoé, Vicente Pacheco, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 224-245, Maio-Agosto, 2018. 22 página(s).

Palavras-chave: Estilos de liderança , Gestores de topo , Sistema de Controle Gerencial , Teoria dos Escalões Superiores

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

Este estudo objetiva associar os estilos de liderança e o nível de formação de gestores de topo no uso do SCG em supermercados familiares, a partir da Teoria dos Escalões Superiores e dos estilos de liderança, transformacional e transacional. Para tanto, realizou-se uma survey tendo como amostra 101 gestores/gerentes ou proprietários de supermercados familiares do Estado do Paraná. Utilizouse a modelagem de equações estruturais para uma análise denominada de global, que associou os estilos de liderança no uso do Sistema de Controles Gerencial. E a modelagem de equações estruturais para uma análise multigrupos, em que a característica observável nível de formação (grupo 1: nível de formação: fundamental e médio; grupo 2: graduação e especialização) moderou a relação. Os achados indicam que as características observáveis dos gestores de topo implicam em diferentes associações para os estilos de liderança e uso do Sistema de Controle Gerencial. Os resultados para a análise multigrupos evidenciam que níveis menores de formação, quando associados às características do estilo de liderança transformacional, contribuem para o uso de controles culturais e de planejamento. Já os líderes transacionais associam-se ao uso dos controles culturais, cibernéticos e de remuneração e recompensa. Em termos práticos, conclui-se que os líderes transformacionais ou transacionais utilizam o SCG, portanto, ressalta-se a relevância que os gestores identifiquem qual perspectiva do SCG contribui potencialmente para os resultados organizacionais, de forma que esta vertente seja mais explorada no ambiente organizacional.

Ambiente Institucional de Contabilidade, Voz e Accountability, Distância do Poder e Corrupção: Uma Análise Cross Country

ID: 52625

Autoria: João Carlos Hipólito Bernardes do Nascimento, Rosenery Loureiro Lourenço, Fernanda Filgueiras Sauerbronn, Juliana Reis Bernardes.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 246-266, Maio-Agosto, 2018. 21 página(s).

Palavras-chave: Ambiente Institucional , Contabilidade , Corrupção Governamental , Voz e Accountability

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

O presente artigo investigou como o ambiente institucional de Contabilidade – especificamente neste estudo retratado por meio da Auditoria das demonstrações contábeis e do Enforcement de normas contábeis –, a Voz e Accountability (V&A) dos cidadãos de um país e a Distância do Poder (DP) em uma sociedade relacionam-se com a percepção de corrupção governamental. A partir de uma análise cross country com 51 nações distribuídas em cinco continentes, em três anos, foi possível constatar, por meio da técnica multivariada Robust Path Analysis, que a DP é um antecedente da qualidade do ambiente de auditoria, do grau de atividade de enforcement e da intensidade de participação popular na governança de um país. O modelo estrutural investigado, após isolado o efeito das variáveis de controle, explicou 75% da variância do constructo Corrupção Governamental e permitiu identificar relacionamentos negativos do ambiente de Auditoria e da V&A frente à Corrupção Governamental. Além disso, verificouse que a V&A media totalmente a relação entre Enforcement e Corrupção. As evidências sugerem que a existência de um contexto de amplas liberdades (de expressão, de associação e de imprensa) e de participação ativa da população na governança do país, é imprescindível para a criação de um ambiente propício para a efetividade do Enforcement e Auditoria. Portanto, as evidências apontam moderação ao se considerar a contabilidade como instrumento neutro suficiente para reduzir a corrupção por si só, conforme sugere uma mentalidade ortodoxa reinante no campo da pesquisa e da prática. Portanto, é necessário neconhecer que condições culturais e sociopolíticas de ordem democrática antecedem e moderam seu potencial na redução da corrupção.

Modelo de Maturidade de Estruturas de Controle Interno em Organizações Governamentais

ID: 52626

Autoria: Ricardo Augusto Capovillla, Rodrigo de Souza Gonçalves, José Alves Dantas, Antonio Benedito Silva Oliveira.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 267-289, Maio-Agosto, 2018. 23 página(s).

Palavras-chave: Administração Pública , Controle Interno , Modelo de Maturidade

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

O objetivo do estudo foi desenvolver e testar um modelo de maturidade para avaliação de estruturas de controle interno em organizações governamentais, fundamentado no framework COSO revisado (2013a) e padrões do GAO (2001; 2014). Um modelo de maturidade é uma descrição estruturada das características de um objeto em diferentes estágios de desenvolvimento, permitindo diagnosticar, comparar e aprimorar os objetos avaliados (Pullen, 2007; Becker et al., 2009; Pöppelbuß & Röglinger, 2011). O modelo foi estruturado em quatro níveis de maturidade: incipiente, inicial, em desenvolvimento e estabelecido. As dimensões do modelo são alicerçadas nos cinco componentes e dezessete princípios do COSO (2013a); as variáveis foram fundamentadas nas boas práticas sugeridas pelo COSO e GAO. O modelo de maturidade foi avaliado por juízes e testado empiricamente por meio de estudo descritivo, abrangendo um Ministério, uma autarquia e uma empresa pública, integrantes do Poder Executivo federal. A aplicação do modelo permitiu identificar as deficiências de controle interno, orientando iniciativas de aprimoramento nessas organizações. A análise comparativa demonstrou a utilidade do modelo para estimular a melhoria contínua das estruturas de controle interno, contribuindo para a realização dos objetivos das organizações e a gestão dos recursos públicos conforme os interesses dos cidadãos.

Governança Corporativa e Eficiência Econômica: Novas Evidências nas Empresas Distribuidoras do Setor Elétrico Brasileiro

ID: 52627

Autoria: Edson Pedro Zambon, Carlos Alberto Diehl, Luiz Henrique Figueira Marquezan, Lucas Seffrin Zorzo.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 290-307, Maio-Agosto, 2018. 18 página(s).

Palavras-chave: Eficiência Econômica , Governança Corporativa , Setor Elétrico Brasileiro

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

O objetivo desta pesquisa é analisar a relação entre a adoção de mecanismos de governança corporativa e a eficiência econômica em empresas distribuidoras de energia elétrica listadas na BM&FBovespa. Para isso, a eficiência econômica foi calculada pela técnica de Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis- DEA) e o nível de governança corporativa foi avaliado por um índice de 16 questões binárias com base na literatura. Os dados foram coletados nos formulários de referência e nas demonstrações financeiras padronizadas das companhias, de 2010 a 2013, com 80 observações. Os resultados indicam que não houve evolução nos níveis de governança no período, considerado relativamente baixo e que a eficiência econômica reduziu seu escore médio. Não foi encontrada relação entre as duas variáveis para o conjunto da amostra, porém a segregação entre empresas com forte e fraca governança pode explicar tal comportamento, ocorrendo relação positiva com a eficiência no primeiro grupo e negativa com o segundo. Tais resultados são novas evidências em relação à necessidade da manutenção de um conjunto mais robusto de governança, sob pena de perda de desempenho quando esta é tomada parcialmente.

Influência da Remuneração e do Capital Humano no Crescimento Interno da Firma

ID: 52628

Autoria: Roberto Francisco de Souza, Delci Grapegia Dal Vesco.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 308-329, Maio-Agosto, 2018. 22 página(s).

Palavras-chave: Capital Humano , Controladoria , Crescimento Interno da Firma , Equações Estruturais , Remuneração de Executivos

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

Pesquisas concentram-se em investigar a remuneração tanto para compreender e situar as remunerações praticadas no mercado como pesquisas atreladas a analisar os efeitos da remuneração ao desempenho de empresas. Contudo, pesquisas que procuram vincular a remuneração ao crescimento de empresas contribuem para entender os resultados divergentes dos efeitos da remuneração no desempenho organizacional. Portanto, este estudo objetiva verificar a influência da Remuneração de executivos e suas dimensões (remuneração estratégica, remuneração inteligente e incentivos), e do Capital Humano no Crescimento Interno da Firma. Adicionalmente, investiga o efeito moderador dos estágios de crescimento na relação entre a remuneração e o capital humano no crescimento da firma. Realizou-se uma survey com 600 gerentes e funcionários com poder decisão nas empresas do setor financeiro (bancos públicos, privados e cooperativas de crédito), das quais retornaram 238 questionários válidos. A análise dos dados se deu por meio do teste Tukey e pelo uso de um modelo estrutural construído a partir do modelo teórico proposto para testar as hipóteses. Os resultados mostram que as cooperativas de crédito se situam no terceiro estágio de crescimento, enquanto os bancos públicos e privados apresentam características do quarto estágio. Quanto ao modelo teórico/empírico, os resultados indicaram que a Remuneração Inteligente, os Incentivos e o Capital Humano influenciam positivamente o crescimento interno da firma; no entanto, a remuneração estratégica não influenciou o crescimento, corroborando os argumentos de que os fatores estratégicos atrelados a remuneração são restritos aos primeiros escalões. O efeito moderador Estágios de Crescimento altera a relação entre o Capital Humano e o Crescimento Interno da Firma. Nos estágios iniciais existe a necessidade de maior utilização de Capital Humano e, consequentemente, o Crescimento Interno é mais acentuado. A pesquisa contribui à literatura de remuneração de executivos ao investigar a remuneração, o capital humano com o crescimento da firma em detrimento ao desempenho organizacional.

O Estresse em Graduandos de Ciências Contábeis e Administração

ID: 52629

Autoria: Taís Duarte Silva, Janser Moura Pereira.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 330-350, Maio-Agosto, 2018. 21 página(s).

Palavras-chave: Administração , Ciências Contábeis , Estresse , Estressores , Universitários

Tipo de documento: Artigo (Português) Ver Resumo

Pesquisas de diversas áreas têm apontando a incidência de adversidades psicológicas em estudantes no período universitário, dentre as quais destaca-se o estresse. Esse fenômeno tem sido investigado, principalmente, em relação às suas causas e possíveis implicações no ambiente acadêmico. Nesse cenário, situa-se a proposta deste estudo, o qual objetivou investigar o nível de estresse, bem como as fontes do estresse em alunos de Ciências Contábeis e Administração em uma instituição de ensino superior pública federal. Para cumprir tal objetivo, foram investigados 684 estudantes, sendo 60% do curso de Ciências Contábeis e 40% do curso de Administração. Por meio da análise descritiva, verificou-se que 51,17% dos respondentes se encontram com altos níveis de estresse. Para averiguar possíveis fatores relacionados ao estresse, utilizou-se da análise de regressão linear múltipla. Dentre os resultados encontrados, destaca-se a relação significativa das variáveis sexo e renda, evidenciando que estudantes do sexo feminino e com menor renda familiar apresentaram maiores níveis de estresse. Já os estressores mais frequentes são a falta de motivação e a decepção com determinadas disciplinas. Para avaliar a relação do estresse com o rendimento acadêmico dos alunos, realizou-se o teste de correlação de Spearman, o qual não evidenciou relação significativa. Desse modo, entende-se que é preciso direcionar a atenção aos principais elementos que se relacionam com o estresse, visto que esse fenômeno, em níveis elevados, pode gerar implicações diversas na vida dos estudantes.

A Relevância do Excesso de Caixa na Explicação do Desempenho Financeiro e do Retorno das Ações das Empresas Brasileiras

ID: 52630

Autoria: Romário Borges Miranda, Renê Coppe Pimentel, Francisco Antônio Bezerra.

Fonte: Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 2, p. 351-369, Maio-Agosto, 2018. 19 página(s).

Palavras-chave: Característica do caixa , Excesso de caixa , Retorno das ações

Tipo de documento: Artigo (Inglês) Ver Resumo

Este artigo analisa os determinantes e consequências do excesso de caixa (ECM) em relação a performance financeira e o retorno das ações no mercado brasileiro que é caracterizado pela concentração do mercado acionário, enquanto Brasil é um país emergente com grandes incertezas políticas, econômicas e institucionais. A análise foi baseada em 290 empresas não financeiras brasileiras listadas na bolsa de valores B3 no período de 2000 a 2017. Os resultados sugerem que as empresas com maiores excessos de caixa são aquelas que possuem maiores performance financeira e maiores retorno das ações que indica aquelas firmas com maiores potenciais de crescimento futuro, portanto as empresas detêm caixa por razão especulativa. Na análise pairwise, ECM e o risco sistêmico tiveram uma relação negativa e significante, sugerindo que excesso de caixa pode ser um potencial instrumento para redução do risco, contudo os resultados gerais da variável risco não indicam um papel consistente. As análises do ECM defasados indicam uma relação positiva entre o ECM atual e de curto prazo (um ano) com os preços das ações, sugerindo que os agentes do mercado usam excesso de caixa para tirar vantagens de oportunidades de investimentos. Portanto, todas as evidências sugerem que as empresas retêm caixa baseadas no motivo de especulação.