ID: 31688
Autoria:
Ademir Clemente, Ricardo Adriano Antonelli, Luciano Marcio Scherer, Ana Paula Mussi Szabo Cherobim.
Fonte:
BASE - Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, v. 11, n. 2, p. 140-152, Abril-Junho, 2014. 13 página(s).
Palavras-chave:
BM&FBovespa , governança corporativa , modelo de mercado , NDGC , risco
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O tema relativo à governança corporativa vem ganhando importância para o mercado de capitais. Muitas empresas têm aderido às práticas de governança vislumbrando maior valorização acionária, mas, no Brasil, as pesquisas apresentam resultados divergentes a esse respeito. O objetivo é avaliar se o mercado de capitais brasileiro corresponde mais positivamente às empresas que apresentam melhores práticas de governança corporativa. O Modelo de Mercado é aplicado com o coeficiente Beta de cada título calculado antes e depois da data de adesão aos níveis de governança corporativa, utilizando o Ibovespa como parâmetro. Para isso, aferiu-se a diminuição do risco de cada título pela análise do coeficiente Beta das regressões realizadas antes e depois da adesão ou da migração aos níveis diferenciados de governança corporativa (NDGC) da Bovespa. A partir de uma amostra de 75 casos, foi possível analisar 57 (76%) que mostraram Beta significativo antes e depois da adesão ou da migração. Destes, 39 casos (68%) mostraram diminuição do risco após a adesão ou a migração. Com a aplicação do teste Willcoxonenvolvendo os 39 casos, comprovou-se diferença estaticamente significativa entre os coeficientes Beta antes e depois, evidenciando a resposta positiva do mercado de capitais, ou seja, o reconhecimento de que, por meio da adesão e da migração, as empresas aumentam seu compromisso com as práticas de governança corporativa, resultando em menor risco ao investidor.