ID: 36771
Autoria:
Ricardo Luiz Menezes da Silva, Paula Carolina Ciampaglia Nardi, Maísa de Souza Ribeiro.
Fonte:
Brazilian Business Review, v. 12, n. 4, p. 1-27, Julho-Agosto, 2015. 27 página(s).
Palavras-chave:
Ativos biológicos , Gerenciamento de resultados , Produtos agrícolas , Pronunciamento técnico CPC 29 , Valor justo
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A utilização do valor justo para mensuração dos ativos biológicos exige discricionariedade ao usar o fluxo de caixa descontado na ausência de mercado ativo, influenciando a qualidade da informação contábil. O objetivo desta pesquisa foi verificar a existência de evidências quanto a possíveis gerenciamentos de resultados entre companhias que adotaram o valor justo com base no método do fluxo de caixa descontado. Ademais, as empresas foram investigadas no que diz respeito a: a) divulgação da taxa de desconto, b) níveis de governança corporativa da BM&FBOVESPA e c) aderência às exigências de divulgação do CPC 29. Trabalhou-se com 31 empresas com ativos biológicos nos anos 2010-2012; as medidas de gerenciamento foram calculadas pelos modelos Jones Modificado, Teoh, Welch e Wong (1998) e modelo KS. O teste de médias “Mann-Whitney” foi aplicado e revelou indícios de maior gerenciamento de resultados (GR) para as empresas que usam fluxo de caixa descontado, e as que menos atendem aos requisitos de divulgação do CPC 29, ao considerar as estimativas do modelo KS. Com relação às demais preposições, os testes não permitiram observar diferenças em termos de accruals discricionários. Nesse sentido, apenas as hipóteses 1 e 4 são parcialmente aceitas, o que demanda mais estudos nessa área. Este trabalho apresenta evidências favoráveis ao exposure draft ED/2013/08 Agriculture: Bearer Plants, Proposed amendments to IAS 16 and IAS 41, que propõe mensurar ativos biológicos de produção ao custo, os quais apresentaram menor gerenciamento de resultados neste estudo.