ID: 25139
Autoria:
João Batista Mendes.
Fonte:
Contabilidade Vista & Revista, v. 11, n. 3, p. 23-41, Setembro-Dezembro, 2000. 19 página(s).
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A questão do ensino/aprendizagem tem sido uma constante não só entre os educadores da área didático/pedagógica, mas de todas as áreas do ensino. Na área das ciências contábeis, por exemplo, pesquisadores educacionais estão em contínua preocupação com as metodologias de ensino da contabilidade nos cursos de graduação. Renomados autores e pesquisadores têm se preocupado com o despreparo dos recém-formados para o pleno exercício profissional, causado, em boa parte pelo baixo nível do aprendizado verificado até mesmo em boas escolas e com bons professores. A melhoria do aprendizado, no entanto, não depende somente de boas escolas e de bons professores. Antes, há a necessidade de se criar um ambiente que motive a aluno para o aprendizado, entusiasme-o com o curso e lhe dê boas perspectivas quanto à profissão que vai abraçar. Há um consenso de que a falta de motivação, entusiasmo e perspectivas para com a profissão tem sido uma das causas do baixo nível de aprendizado, não só no curso de ciências contábeis, mas de forma quase generalizada. Segundo os pesquisadores educacionais, uma mudança de comportamento se faz necessária, tanto por parte do professor quanto dos alunos, enquanto atores de um mesmo processo. É preciso inverter a posição até então considerada tradicional, aquela em que o aluna fica numa situação passiva e o professor na ativa, no sentido de transmitir conhecimentos e apontar erros cometidos. O aluno é que deve ser o agente ativo do processo e o professor, antes de apenas um agente de mudança, deve ser o facilitador do processo de ensino/aprendizagem. Cabe, então, ao professor a iniciativa para essa mudança. No entanto, mudar quase sempre não é tão simples quanto parece. É preciso que o professor esteje disposto a, além de empregar todo o seu esforço, criatividade e entusiasmo, utilizar-se de recursos, métodos, práticas ou técnicas de ensino disponíveis como forma de aprimorar suas aulas, motivar os alunos e provocar neles, as mudanças de comportamento desejadas. Este trabalho procura, dentro de suas limitações, fazer uma breve apresentação de um método de ensino conhecido como Jogos de Empresas, ou Simulação Empresarial, não como substituto de outros métodos, mas como um suporte ao professor e como um instrumento motivador para os alunos. Procura-se apresentar, ainda, os resultados da aplicação de Jogos de Empresas no ensino de contabilidade em uma experiência no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Uberlândia, durante cinco semestres. Os resultados estão apresentados sob a forma de justificativas para a implantação dessa atividade no curso, apresentação do sistema empregado, ela avaliação dos alunos e pela avaliação feita pelos alunos, através de relatos e depoimentos, além das nossas conclusões finais.