ID: 10372
Autoria:
Diogo Henrique Helal, Daniete Fernandes Rocha.
Fonte:
Desenvolvimento em Questão, v. 11, n. 23, p. 4-39, Maio-Agosto, 2013. 36 página(s).
Palavras-chave:
América Latina , Autonomia , Estado , Parceria , Políticas de desenvolvimento , Tigres Asiáticos
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este artigo aprofunda o debate sobre as relações Estado-sociedade e mostra como elas definem as possibilidades de desenvolvimento, fazendo um sucinto debate comparativo da atuação do Estado na Coreia do Sul e Taiwan, de um lado, e Brasil (principalmente) e Argentina, de outro. Os países do Leste Asiático constituem casos paradigmáticos da rápida industrialização local e de ajustes a mercados internacionais mutáveis. Trata-se de Estados ativos, que funcionaram como substitutos de mercados de capital pouco desenvolvidos, ao mesmo tempo que induziram mudanças nas decisões de investimento. O caso asiático mostra que a inserção é necessária para a disseminação de informações e instituição das políticas desenvolvimentistas. Sem autonomia, contudo, a inserção tende a se degenerar em um super cartel, voltado, como todos os cartéis, à proteção de seus membros contra mudanças no status quo (insulamento burocrático). Já a América Latina insere-se em combinações da predação zairense com a autonomia inserida do Leste da Ásia. O equilíbrio varia ao longo do tempo e segundo o tipo de organização dentro do Estado. De modo geral tem-se, como premissa básica, que é necessária, apenas, uma vaga aproximação do tipo ideal weberiano e do modelo de autonomia inserida (ou desenvolvimentista) para conferir vantagem ao país.