ID: 49635
Autoria:
Elisabeth Cristina Drumm, Rogério Leandro Lima da Silveira, Grazielle Betina Brandt.
Fonte:
Desenvolvimento em Questão, v. 16, n. 43, p. 147-174, Abril-Junho, 2018. 28 página(s).
Palavras-chave:
Cultura , Espaço urbano , Territorialidade
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O capitalismo transforma-se por meio de discursos próprios, orientados pelo modo de produção, que, por sua vez, orientam o estilo de vida da sociedade. Do modo de produção fordista ao flexível, o discurso, nos territórios urbanos, centra-se na perspectiva do empreendedorismo urbano, pautado, especialmente, pela cultura como meio de acumulação e de desenvolvimento. O espaço urbano é constituído por relações e por processos que definem a sua territorialidade, assim como as consequências decorrentes dela, como a gentrificação. Este ensaio tem como objetivo compreender as características e as práticas socioespaciais dos diferentes agentes, a partir da apropriação do patrimônio cultural pelo capitalismo e da formação de um novo discurso. A técnica de investigação é bibliográfica e, como resultado, apresenta-se a possibilidade de discussão de um roteiro de análise desde os seguintes referenciais: contexto espaço temporal e histórico (HARVEY, 2005, 2007; SANTOS, 1982); deslocamento de organizações e adensamento de redes de interdependências sobre territórios criativos (PECQUEUR, 2009); patrimônio histórico (FLORES, 2006); mercado mobiliário instalado no território (LEFEBVRE, 2011; HARVEY, 2005, 2012; BOTELHO 2007); plano de desenvolvimento e o envolvimento da classe dominante (VILLAÇA, 2000); discursos ideológicos e o jogo de palavras (VILLAÇA, 2000); agentes produtores do espaço urbano e territorialidades urbanas (HARVEY, 2012; CORREA, 1996); agentes produtores do urbano e as suas estratégias (TRINDADE JR., 1998; SELDIN, 2015); gentrificação (MACEDO, 2011).