ID: 56086
Autoria:
Janaína Accordi Junkes, Alan do Nascimento Pedrosa, Daniglayse Santos Vieira, Vivianny Kelly Galvão.
Fonte:
Desenvolvimento em Questão, v. 18, n. 50, p. 325-342, Janeiro-Março, 2020. 18 página(s).
Palavras-chave:
Doenças , Favelas , Resíduos sólidos e líquidos , Saneamento
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Esta pesquisa propõe-se a identificar os problemas gerados pelo manejo inadequado de resíduos em uma favela pertencente à região do Polo Multissetorial de Maceió (AL). Pretende-se observar os reflexos desse manejo na saúde dos indivíduos que ali residem, sua relação com a bacia de drenagem de água pluvial e a rotina de atividades inerentes ao Polo. Para tanto, foram realizadas pesquisas de campo, aplicados questionários, realizadas entrevistas e registros fotográficos. A partir destes dados foi possível constatar que a comunidade em estudo, por ter seu esgoto interligado a uma bacia de drenagem, contribui diretamente para a geração de impactos que atingem questões relacionadas ao fluxo de águas pluviais, ao saneamento básico e, por sua vez, à saúde dos habitantes da região. A situação dos moradores atinge também o objetivo de desenvolvimento sustentável n. 6 da Agenda 2030 das Nações Unidas. É possível, por meio do parâmetro do direito à moradia adequada, entender a complexidade dos impactos de um sistema de saneamento básico deficiente sobre a gama de direitos humanos que o Estado deve proteger. Assim, este trabalho tem sua justificativa, dada a importância científica e social de dialogar sobre o planejamento para o manejo dos resíduos, tendo em vista que são geradas cerca de 183,5 mil toneladas de resíduos sólidos/dia, segundo dados de 2012 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, bem como a um consumo de água que chega a 165,3 litros/habitante/ dia, os quais se tornarão esgoto. Logo, estudar os mecanismos de como lidar com estes resíduos é de extrema importância.