ID: 59414
Autoria:
Eliane Alves Silva, Sérgio Nogueira do Nascimento, Mariluce Paes de Souza, Eugenio Avila Pedrozo.
Fonte:
Desenvolvimento em Questão, v. 18, n. 52, p. 335-354, Julho-Setembro, 2020. 20 página(s).
Palavras-chave:
Agricultura familiar , Desenvolvimento sustentável , Políticas públicas , Teoria Ator-Rede
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Há necessidade de se desenvolver uma economia alternativa em que a exploração pode ser evitada, com novas perspectivas de ocupação produtiva, reforçando trajetórias de inclusão social. O objetivo deste artigo, portanto, é analisar o processo de relações, práticas e translações da formação de uma rede da agricultura familiar no município de Porto Velho-RO, sob a ótica da Teoria Ator-Rede. Sua relevância consiste em provocar reflexões sobre quem são os atores dessa rede, como influenciam e são influenciados e quais os resultados dessa interação. Este artigo caracteriza-se por ser uma pesquisa analítica, de natureza qualitativa e direcionada por um estudo de caso. Utilizou-se da Teoria Ator-Rede (TAR), a qual traz contribuições importantes por se tratar de uma abordagem que propõe uma modificação em relação ao que se entende por “social”. Conclui-se que a rede foi construída em torno de três pilares: ideologia campesina, mercado e setor público. A ideologia campesina compreende a organização dos agricultores, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Brasil, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e União de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes). O setor público é representado pelas Secretarias Municipais Semed, Semagric, juntamente com as escolas municipais, pela Conab e Emater. O mercado compreende o Sebrae e os consumidores de produtos agroecológicos. Verificou-se que o setor público junto com a ideologia camponesa, são responsáveis pela inclusão de agricultores mais vulneráveis à rede, e que, à medida que os agricultores vão se consolidando, migram do papel de camponeses para o de empreendedores.