ID: 43009
Autoria:
Michele Mamede, Luciana Peixoto Santa Rita, Eliana Maria Oliveira Sá, Vanderleia Rafaelli, Denise Pinto Gadelha, Celi Cabral Sousa Junior, Natalino Uggioni.
Fonte:
NAVUS - Revista de Gestão e Tecnologia, v. 6, n. 4, p. 6-25, Outubro-Dezembro, 2016. 20 página(s).
Palavras-chave:
Alemanha , Brasil , Sistema Nacional de Inovação
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O objetivo do estudo foi realizar uma comparação com base nas características e articulações do Sistema Nacional de Inovação (SNI) da Alemanha vis-à-vis o SNI brasileiro. O estudo é exploratório com abordagem qualitativa, uso da pesquisa bibliográfica e documental, da observação participante, com visita aos principais atores do SNI da Alemanha e Brasil e análise de dados secundários. Os resultados indicam que são características do SNI na Alemanha: a) alta proporção de P&D nas empresas; b) instituições de pesquisa de classe mundial; c) parcerias institucionalizadas empresas-universidades; d) elevado número em registros de patentes; e) formação profissional eficiente por meio de um sistema de ensino dual; f) investimento em educação em torno de 5,4% do PIB; g) estrutura de governança com responsabilidades partilhadas entre diferentes ministérios em diferentes níveis do sistema político e h) financiamento conjunto dos governos federal e estaduais para pesquisa. Por sua vez, o SNI brasileiro pode ser considerado complexo e pouco diversificado, composto, principalmente por instituições do setor público, sendo destaque na América Latina a inserção da FINEP/FNDCT, bem como a competitividade de empresas como a EMBRAER, Petrobrás e EMBRAPA. Como tal, as políticas brasileiras de estímulo à competitividade industrial se mostraram débeis e ineficazes, principalmente porque não ocorreu desenvolvimento do capital intelectual, mas apenas de importação de equipamentos que se distanciavam de um pensamento orientados à qualidade, inovação e competividade, já que esses temas só entraram em pauta com a abertura comercial da década de noventa.