ID: 1181
Autoria:
Elizabeth Castelo Branco, Laercio Matos Ferreira, Francisco Correia de Oliveira.
Fonte:
RAUnP - Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Potiguar, v. 3, n. 1, p. 41-51, Outubro-Março, 2010. 11 página(s).
Palavras-chave:
Burocracia , Capital de risco , Cluster , Crédito , Empresas de software
Tipo de documento: Artigo (Espanhol)
Ver Resumo
Este trabalho busca entender, através de um processo de análise comparativa de dois clusters de produção de software no Nordeste do Brasil, as razões pelas quais a atividade é pouco beneficiada pelos instrumentos de financiamento. As dificuldades da indústria nordestina de software para obter financiamento no Brasil estão associadas, geralmente, à própria singularidade do setor, caracterizado por produtos intangíveis, limitando sua capacidade de responder às exigências de garantias tradicionais. Além disso, as alternativas que vem sendo buscadas para apoiar o desenvolvimento de empresas de software, como a participação de capital de risco tem como obstáculo a natureza conservadora dos investidores nacionais, principalmente o mercado pouco desenvolvido de capitais; por isto, se estabelecem dificuldades para o estabelecimento de mecanismos de saída para os investidores, ao contrário de países tecnologicamente mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde uma grande porcentagem de capital de risco destina-se à tecnologia da informação e das comunicações. As dificuldades de acesso aos desarinstrumentos de crédito por que passa a indústria da informática, sobretudo, para as pequenas e médias empresas de software, não incluem, em uma primeira análise, a falta de programas de financiamento, ou recursos financeiros para a atividade, mas a discrepância entre os requisitos tradicionais de financiamento de subsídios com base em garantias reais e os altos índices de incerteza inerentes ao desenvolvimento de produtos de software, aliada à característica dessas empresas para colocar a maior parte dos seus ativos em capital intelectual. A hipótese principal deste trabalho coloca a responsabilidade pela discrepância entre a indústria e instituições financeiras não somente na burocracia bancária, ou no formato dos instrumentos de crédito, mas também em variáveis de natureza cultural.