ID: 9642
Autoria:
Cleiciele Albuquerque Augusto, José Paulo de Souza, Silvio Antonio Ferraz Cario.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 48, n. 1, p. 179-195, Janeiro-Março, 2013. 17 página(s).
Palavras-chave:
complementaridade , destilarias paranaenses , economia dos custos de transação , estruturas de governança , visão baseada em recursos
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Neste artigo, apresenta-se como objetivo compreender como se configuram
as estruturas de governança, ao se considerarem custos de transação
(ECT) e recursos estratégicos (VBR), nas relações envolvendo produtores e
processadores em destilarias no estado do Paraná. Sua compreensão
justifica-se quando se tem em vista a forte interdependência produtiva
dessas partes. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa,
descritiva e de corte transversal,
com perspectiva longitudinal. O estudo envolveu entrevistas
semiestruturadas com gerentes agrícolas e produtores contratados de
cinco, das sete, destilarias presentes no estado do Paraná. Os
resultados demonstraram forte tendência para estruturas tendendo à
integração vertical, que se dão, em sua expressiva maioria, por meio de
parceria do tipo arrendamento. A segunda opção de arranjo organizacional
tem sido o contrato de parceria agrícola, seguido pelo contrato de
fornecimento. A integração vertical e o mercado não são normalmente
empregados. Em relação aos recursos estratégicos capazes de gerar
vantagens competitivas para as destilarias, a localização e a distância
média das propriedades contratadas foram os mais citados. Além
desses, a capacidade de expansão (devido a fertilidade do solo,
abundância de áreas mecanizáveis e ausência de competidores), a
transparência, bem como a reputação, a fidelidade, a tradição e o
conhecimento foram outros recursos estratégicos identificados. A
complementaridade é ratificada a partir da consideração de que os
recursos e capacidades internos das destilarias, tais como localização,
distância, conhecimento, entre outros, influenciam na escolha de
estruturas de governança mais integradas verticalmente. Essas,
por sua vez, são escolhidas para explorar, proteger e obter
vantagens competitivas por meio do controle obtido sobre esses recursos.