ID: 16659
Autoria:
Fernanda Finotti Cordeiro Perobelli, Rubens Famá.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 37, n. 3, p. 33-46, Julho-Setembro, 2002. 14 página(s).
Palavras-chave:
análise fatorial , dívida , emissão de ações , estrutura de capital
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A despeito da falta de consenso entre os teóricos de finanças acerca da
relevância da estrutura de capital para o valor das empresas,
empiricamente elas tendem a comportar-se como se a estrutura ótima
existisse, permanecendo, entretanto, em aberto a questão da comprovação
dos fatores indutores da estrutura de capital escolhida para cada uma
delas. Em uma tentativa de resposta a essa questão, o trabalho
desenvolvido por Titman & Wessels (1988) para o mercado
norte-americano mostrou-se bastante relevante. Com base nesse estudo,
procurou-se também verificar, utilizando Análise Fatorial, quais seriam,
para o mercado brasileiro, os fatores indutores do endividamento das
empresas e, partindo desses resultados, traçar o perfil da empresa para a
qual o endividamento não se apresenta como uma alternativa viável. Os
resultados indicam que, no Brasil, o grau de endividamento de curto
prazo e os atributos tamanho e crescimento dos ativos são negativamente
relacionados, revelando que empresas brasileiras de menor porte são mais
propensas ao endividamento de curto prazo, enquanto empresas em
crescimento tendem a utilizar menos os mecanismos de financiamento de
curto prazo. Foi também encontrada relação negativa entre o atributo
lucratividade das empresas e o grau de endividamento de curto prazo,
indicando que, no caso brasileiro, empresas com alto giro (e não
empresas com alta margem, já que o atributo margem não apresentou
relação com o endividamento de curto prazo) tendem a ser menos
endividadas no curto prazo do que empresas com baixo giro.