ID: 16821
Autoria:
Andre Luiz Carvalhal da Silva.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 39, n. 4, p. 348-361, Outubro-Dezembro, 2004. 14 página(s).
Palavras-chave:
alavancagem , governança corporativa , política de dividendos , valor
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O objetivo no presente artigo é analisar os efeitos da estrutura de
controle e propriedade no valor de mercado, na estrutura de capital e na
política de distribuição de dividendos de empresas no Brasil. Os
resultados mostram alto grau de concentração do capital votante. Mesmo
quando não existe um acionista majoritário, o maior acionista possui
parcela significativa do capital votante. A empresa é controlada, na
média, por seus três maiores acionistas. Nota-se, também, diferença
razoável entre o porcentual de votos e o de capital total nas mãos dos
grandes acionistas. Esse mecanismo parece ser usado pelos acionistas
majoritários para manter o controle da empresa sem possuir 50% do
capital total. Os resultados dos testes revelam que existe uma relação,
muitas vezes estatisticamente significativa, entre estrutura de
governança, valor de mercado, alavancagem e política de dividendos das
empresas brasileiras. As conclusões que utilizam a estrutura indireta
são substancialmente as mesmas da estrutura direta, mas as variáveis da
estrutura indireta têm maior poder explicativo do que as da estrutura
direta. Uma possível explicação para a melhoria dos resultados
estatísticos é que as variáveis da estrutura indireta realmente medem
quem é o dono, em última instância, das empresas. Portanto, o estudo das
questões acerca da propriedade das empresas não deve ficar restrito à
propriedade direta, mas aprofundar-se em quem é o controlador final das
empresas.