ID: 16828
Autoria:
Fabiano Gabriel, Alexandre Assaf Neto, Luiz João Corrar.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 40, n. 1, p. 44-54, Janeiro-Março, 2005. 11 página(s).
Palavras-chave:
bancos , correção monetária , rentabilidade
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O objetivo neste trabalho é verificar se as distorções encontradas,
quando do reconhecimento dos efeitos inflacionários, provocam diferenças
significativas no retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) dos bancos
no Brasil. Com base nos fundamentos teóricos da correção monetária, que
deixou de ser exigida legalmente a partir de 1995, e no limite de
imobilização, foi estabelecida a seguinte hipótese: o ROE legal é
significativamente maior que o indicador ajustado pelos efeitos da
inflação. Para a investigação empírica, selecionou-se uma amostra com os
50 maiores bancos para o período de 1996 a 2001, conforme seção
divulgada pela revista Exame “Melhores e Maiores”. Os resultados dos
testes estatísticos permitiram rejeitar a hipótese de nulidade entre as
diferenças de médias, com nível de significância de 1% para todos os
anos do período analisado. Dessa forma, constatou-se que os efeitos da
inflação não devem ser ignorados, mesmo em ambientes com taxas
reduzidas. Por fim, concluiu-se que o fim da exigência legal da correção
monetária foi um equívoco, e que o questionamento mínimo que todo
usuário da informação contábil deve fazer refere-se à possibilidade de
tomar decisões imprecisas, baseando-se na análise de indicadores
extraídos de demonstrações contábeis não-corrigidas.