ID: 16990
Autoria:
Marco Antonio Conejero, Marcos Fava Neves.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 42, n. 2, p. 113-127, Abril-Junho, 2007. 15 página(s).
Palavras-chave:
canais de distribuição , economia dos custos de transação , mecanismo de desenvolvimento limpo , Protocolo de Quioto
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O Protocolo de Quioto foi ratificado em fevereiro de 2005 e, com isso,
um mercado que vinha caminhando sem regras formais, contando com o
pioneirismo de algumas empresas interessadas em aprender a lidar com
essa nova commodity e preocupadas com a sua imagem corporativa, passou
de fato às vias da formalidade. Assim, uma vez estabelecido o arcabouço
institucional do mercado de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs),
torna-se interessante estudar, com base na Economia dos Custos de
Transação (ECT), como os custos de transação induziram modos
alternativos de governança, particularmente os contratos entre empresas
proponentes de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e os
canais de comercialização constituídos por organizações multilaterais.
Para tanto, utilizou-se na pesquisa aqui relatada o método do estudo
multicasos para a coleta de informações privadas sobre quatro transações
de RCEs, e de seus respectivos contratos, entre empresas brasileiras e
uma organização multilateral, o Banco Mundial. Um dos resultados obtidos
foi que, diferente das relações via mercado, as empresas brasileiras se
beneficiaram — quanto à redução dos custos de transação — da transação
de RCEs (via contrato) com o Banco Mundial, já que ele exerce todas as
funções de um típico canal de distribuição, exceto a de aquisição dos
direitos de propriedade sobre os créditos.