ID: 61361
Autoria:
Francisco Ivander Amado Borges Alves, Celia Maria Braga Carneiro, David Alves Paiva.
Fonte:
Reunir: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade, v. 10, n. 4, p. 69-89, Outubro-Dezembro, 2020. 21 página(s).
Palavras-chave:
Divulgação , Reputação , Sustentatabilidade
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A mineração tem elevado risco ambiental e o Brasil possui um histórico de impactos negativos, destacando-se o rompimento de Mariana, ocorrido em 2015. A divulgação da sustentabilidade é voluntária, as empresas podem fazê-la para agregar valor à imagem e à reputação corporativa e assim legitimar-se. O objetivo geral é analisar a divulgação e os reflexos na reputação da Samarco, antes (2014) e após o rompimento da barragem em Mariana (2016-2018), a luz da percepção de públicos interessados. Metodologicamente, o estudo é descritivo, quali-quantitativo, blibliográfico, documentol, estudo de caso e survey. A reputação da Samarco será analisada em quatro dimensões: empresa, mídia, academia e sociedade. Os achados mostram que as dimensões possuem sinergia em seus resultados, evidenciando que antes do desastre a empresa possuía reputação positiva, compromisso com a sustentabilidade e empregabilidade, mas com o desastre houve impacto negativo nessa imagem e reputação . Esperava-se aumento de 37% na capacidade produtiva, porém os Relatórios evidenciam prejuízo e desemprego. A ‘mídia’ destaca noticias que indicam impacto negativo para a empresa. A produção acadêmica teve um aumento em 2016, com destaque negativo em relação à imagem da empresa. A sociedade atribuiu nota de 4,67 à reputação. Em alguns meios há o pensamento que as preocupações socioambientais são meros dispêndios financeiros e humanos, porém a tragédia em Mariana reafirma que essas questões podem evitar/minimizar um desastre maior, o qual mais do que impactar o orçamento, pode acabar por paralisar toda a operação, lucratividade, a reputação e o valor de uma empresa.