ID: 40859
Autoria:
Alexandre Luzzi Las Casas, Manuel A M Payés.
Fonte:
Revista Administração em Diálogo, v. 2, n. 1, p. 1-16, Janeiro-Dezembro, 2000. 16 página(s).
Palavras-chave:
Consumidor; Perfil do consumidor; Comportamento do consumidor; O consumo no interior de São Paulo; O consumo no Plano Real
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O sucesso inicial do Plano Real pode ser atribuído à drástica redução do patamar inflacionário combinado com melhoria no bem-estar das famílias brasileiras, notadamente das mais pobres. No começo do Real o bem-estar do brasileiro melhorou quando avaliado do ponto de vista da distribuição de renda, emprego, rendimentos dos trabalhadores e consumo familiar. Todavia, a partir de 1996 e, sobretudo em 1997, observa-se que a contínua redução do patamar inflacionário combina-se com o declínio do bem-estar do brasileiro. O PIB cresceu mediocremente (3%) tanto em 1996 como em 1997; emprego declinou; a taxa de desemprego aberto parou de aumentar enquanto que a massa salarial, praticamente estagnou em 1997, quando cresceu apenas 1,2% com relação a 1996, e caiu em 1998; e, o faturamento real do comercio varejista na Grande São Paulo, a despeito da expansão dos empréstimos concedidos às pessoas físicas pelo sistema financeiro, caiu persistentemente a partir de 1996. A distribuição de renda voltou a piorar no país. Eis a nova fase do Plano Real: a contínua redução do patamar inflacionário combinase agora com o declínio do bem-estar do brasileiro. Nesse ambiente macroeconômico nada favorável, qual é o perfil do consumidor? Quais são os hábitos de consumo? Este artigo procura contribuir no discernimento dessas questões. Mais precisamente, o objetivo do artigo é estabelecer o perfil e os hábitos do consumidor de Bragança Paulista sob a influência das conjunturas econômicas de 1997 e 1998.