ID: 40671
Autoria:
Cinira Marcondes, Juliana Vantine.
Fonte:
Revista Administração em Diálogo, v. 12, n. 2, p. 61-101, Maio-Agosto, 2010. 41 página(s).
Palavras-chave:
Emoções , Fusão & Aquisição
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Em meio às oportunidades do mercado emergente, onde o aporte de investimentos tem, dentre outras coisas, provocado o aquecimento do mercado e também a maior oferta de empregos, buscamos situar este projeto na avaliação dos comportamentos presentes em processos de fusão e aquisição, tanto locais quanto globais. Para os funcionários momentos como estes são repletos de tensão, pois estão diante de um futuro incerto, mesmo para quem compra como para quem é vendido. No entanto, é comum existir certa sensação de que os da primeira posição têm vantagem no processo. O fato é que ninguém está seguro o que caracteriza um campo rico para a pesquisa das emoções que estarão presentes nas relações sociais. Exige-se dos atores sociais racionalidade para tomar decisões sobre os melhores caminhos para a empresa. Este mesmo indivíduo se vê diante de situações onde decidirá a continuidade das pessoas nos postos de trabalho da nova empresa. Além disso, a depender da forma da condução do projeto de fusão, pode significar mudança na rota profissional de alguns funcionários, que podem decidir deixar a empresa. O olhar deste projeto está centrado no ator social que sofre estas pressões e que de repente é informado sobre a nova identidade da empresa. Através de uma pesquisa exploratória, buscamos identificar as emoções presentes em momentos de fusão e aquisição. A hipótese alvo foi a diferença existente nas emoções sentidas pelas pessoas dependendo da posição em que está a empresa, se compradora ou vendida. Outro aspecto indagado foi quanto a diferença de gênero, tempo de empresa e participação no exercício de integração. Os questionários foram distribuídos a três empresas de segmentos distintos e que estavam em posições diferentes no processo de fusão, porém todas no mesmo momento deste exercício, ou seja, logo após ao anúncio ao mercado sobre a fusão, sem ter ainda acontecido a integração das áreas, serviços e de pessoal. Utilizou-se a escala PANAS-X, que considera as dimensões dominantes da experiência emocional e os dados coletados foram tratados estatisticamente pelo SPSS. Encontrou-se significância entre as variáveis onde se evidenciou a diferença entre as amostras analisadas. Este achado foi um alerta para o cuidado com as emoções presentes em processos de fusão, onde a construção harmoniosa de um novo caminho beneficiará a todos, a medida que ficarem evidentes as possibilidades de sinergia para potencializar a proposta de valor aos indivíduos e a sociedade.