ID: 49733
Autoria:
Xiaoyan Wu, Vasco Salazar Soares, Luís Dias Pacheco, Fernando Oliveira Tavares.
Fonte:
Revista Brasileira de Finanças, v. 15, n. 3, p. 403-433, Julho-Setembro, 2017. 31 página(s).
Palavras-chave:
fundos de investimento , Medidas ajustadas ao risco , Morningstar ratings , preferência de risco , ranking de desempenho
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
As medidas de avaliação de desempenho dos fundos de investimento permitem estabelecer um ranking e têm um papel essencial para que os investidores tomem decisões de investimento. A escolha da medida indicada deve ter em consideração a preferência de risco por parte de investidores. Neste trabalho comparam-se as diferentes medidas ajustadas ao risco, tais como: índices de Sharpe, MM, Treynor, Jensen, RORAC, Informação, IVaR, Sortino, UPR, Omega, Fouse e Alfa de Sharpe. Os objetivos deste trabalho passam por testar a consistência entre as medidas, estudar a correlação das medidas com as preferências de risco e procurar as medidas que simulam o Morningstar rating. Para efetuar este estudo foram obtidos dados da base de dados da Yahoo finance, sendo que a amostra é constituída por 28 fundos de ações europeias, entre setembro de 2001 e setembro de 2015. Conclui-se que as medidas produzem rankings idênticos, pelo que existe uma correlação elevada entre elas, excluindo RORAC e o Índice de Informação. Este estudo mostra que a classificação dos fundos de investimento varia consoante o indicador possa assumir ou não elevada volatilidade de rendimentos. Os índices de Sharpe e MM evidenciaram maior capacidade explicativa em relação ao Morningstar rating e apresentam também uma correlação elevada com a função utilidade quadrática e com a função valor da teoria da perspectiva. O grau de correlação diminui à medida que aumenta o coeficiente de aversão ao risco, sendo que as medidas baseadas no downside risk (índice de Sortino e Omega) mantêm uma boa correlação com todos os níveis de preferência, tanto no período global como nos subperíodos.