ID: 37125
Autoria:
Diego Lopes de Oliveira Martins, Valéria Gama Fully Bressan, Renata Turola Takamatsu.
Fonte:
Revista Catarinense da Ciência Contábil, v. 14, n. 42, p. 85-98, Maio-Agosto, 2015. 14 página(s).
Palavras-chave:
Estudo de eventos , Índice de sustentabilidade empresarial , Responsabilidade social corporativa , Resultados econômicos
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A crescente preocupação com a questão social e ambiental tem levado empresas a assumirem uma posição mais criteriosa em relação às suas ações, com o intuito de alavancar uma boa reputação, elemento considerado indissociável para o sucesso no mercado. A Responsabilidade Social Corporativa refere-se à adoção de práticas socialmente responsáveis pelas entidades, que visam a proporcionar o desenvolvimento social e econômico dos ambientes em que estão inseridas. Simultaneamente, essas ações atendem aos interesses organizacionais, que podem ocasionar melhoria na imagem institucional, ganhos de participação no mercado, incrementos na lucratividade e elevação das possibilidades de continuidade. A fim de verificar uma possível relação entre práticas de Responsabilidade Social Corporativa e os resultados econômicos apresentados pelas companhias, esta pesquisa buscou identificar se a divulgação da composição do portfólio do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA impacta em variações nos retornos das ações das companhias envolvidas. Nesse sentido, a participação dos ativos no portfólio foi considerada como proxypara ações de sustentabilidade, e o método de estudo de eventos foi utilizado para análise do efeito da inserção ou exclusão das firmas na carteira. Foram analisadas as carteiras do ISE para os anos 2011 a 2013 e os resultados evidenciaram retornos anormais positivos das empresas incluídas após a divulgação do índice, bem como retornos anormais negativos das empresas excluídas. Verificou-se, ainda, que o comportamento do mercado retorna à sua normalidade após a absorção da informação divulgada, o que suporta a hipótese de eficiência semiforte do mercado de capitais brasileiro.