ID: 42923
Autoria:
Jony Hsiao, Silvia Pereira de Castro Casa Nova.
Fonte:
Revista Contabilidade & Finanças - USP, v. 27, n. 72, p. 393-407, Setembro-Dezembro, 2016. 15 página(s).
Palavras-chave:
carreira , contabilidade , geração Y , influência social , profissão
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Esta pesquisa tem por objetivo compreender quais são os fatores que influenciam a geração Y ao escolher a contabilidade como sua carreira. Um significativo declínio do número de candidatos dispostos a seguir carreira como contadores tem sido observado no exterior – EUA, Austrália e Japão. Entretanto, em outros países – Brasil, Singapura e Hong Kong – observa-se o oposto. Outra questão é o declínio da qualificação educacional daqueles que seguem uma carreira em contabilidade, o que contribui para que muitos estudantes talentosos mudem sua escolha de carreira. Isso pode ser explicado pelo fato de as pessoas tenderem a acreditar que a contabilidade é uma ciência exata, cheia de cálculos, algo chato e não tão criativo, trazendo desequilíbrio entre os traços que um indivíduo deve apresentar de acordo com o mercado de trabalho e aqueles percebidos pela sociedade. Para proporcionar uma contribuição com a literatura em relação aos fatores que influenciam a geração Y em sua escolha de carreira, um dos objetivos desta pesquisa foi realizar um estudo exploratório no qual algumas hipóteses foram formuladas para apoiar a discussão. Utilizamos a Teoria Geracional de Mannheim e a literatura sobre escolha de carreira. A coleta de dados foi realizada com o uso de um questionário, com base no Portrait Value Questionnaire de Schwartz e no Student Choice Task Inventory de Germeijs e Verschueren, adaptado por meio de entrevista em grupo focal. A totalidade dos dados foi coletada on-line e a amostra foi composta por 665 sujeitos. Os resultados mostraram que as pessoas que escolhem a contabilidade como sua carreira foram influenciadas por fatores como criatividade, independência, ambiente desafiador e dinâmico, segurança no emprego, geração de dinheiro, disponibilidade de emprego e outras pessoas importantes – amigos e professores. Os sujeitos não foram influenciados por fatores sociais, como trabalhar com pessoas e proporcionar contribuições à sociedade e à família. Eles desejam maior autonomia, criatividade e flexibilidade no trabalho, e as pessoas ainda se preocupam com a segurança no emprego e a geração de dinheiro.