ID: 35400
Autoria:
Maria João Machado.
Fonte:
Revista Contemporânea de Contabilidade, v. 6, n. 11, p. 11-36, Janeiro-Junho, 2009. 26 página(s).
Palavras-chave:
Custos Indirectos , PME , Portugal
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O presente trabalho tem por objectivo caracterizar a forma como são tratados os custos indirectos nas empresas industriais portuguesas, classificadas pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento como PME excelência, para efeitos de valorização dos produtos. Os pressupostos ontológicos e epistemológicos subjacentes a este estudo são compatíveis com o paradigma de investigação positivista. Foram realizadas entrevistas a responsáveis pela Contabilidade de Gestão de 58 empresas localizadas em 11 Distritos portugueses. A evidência recolhida permite concluir que todas as empresas analisadas utilizam bases de repartição dos custos indirectos que são influenciadas pelo volume de produção. Todas as bases de imputação encontradas são influenciadas pela quantidade produzida de cada produto, o que provoca a sobrevalorização dos produtos com maior volume de produção. Se o custo dos produtos for utilizado para efeitos de tomada de decisão, nomeadamente para determinação do preço de venda ou análise de rendibilidade de cada produto, pode ter implicações estratégicas importantes na empresa, na medida em que os gestores podem conduzir erradamente os recursos para os produtos com menor volume.