ID: 46967
Autoria:
Michele Rílany Rodrigues Machado, Ivan Ricardo Gartner.
Fonte:
Revista Contemporânea de Contabilidade, v. 14, n. 32, p. 108-140, Maio-Agosto, 2017. 33 página(s).
Palavras-chave:
Economia do Crime , Fraudes Corporativas , Instituições Bancárias , Teoria da Agência , Triângulo de Fraude
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Esta pesquisa examinou se o triângulo de fraude de Cressey (1953) e a teoria de agência, em conjunto, possibilitam investigar a ocorrência de fraudes corporativas em instituições bancárias brasileiras. Foram formuladas seis hipóteses de pesquisas, segregadas nas dimensões do triângulo de fraude – pressão, oportunidade e racionalização – e mensuradas a partir de variáveis extraídas da teoria da agência, criminologia e estudos empíricos sobre fraudes. A identificação da probabilidade de ocorrência de fraudes foi operacionalizada a partir de regressões logísticas multinomiais, aplicadas a dados de 44 bancos, no período de janeiro/2001 a dezembro/2012. Para a dimensão de pressão, confirmou-se a hipótese nº 01, ao indicar que quanto menor o desempenho anterior da instituição, maior a probabilidade de ocorrência de fraudes. Na dimensão de oportunidade, a hipótese nº 03 foi confirmada, ao colocar em evidência que baixos indicadores de governança corporativa aumentam a probabilidade de ocorrência de fraudes. Na dimensão de racionalização, confirmou-se a hipótese nº 06, portanto, a predominância do gênero feminino na gestão restringe a probabilidade de fraudes. Conclui-se, que o triângulo de Cressey, aliado à teoria da agência, constitui-se numa ferramenta apropriada para dirigir a investigação de ocorrência de fraudes corporativas em instituições bancárias.