ID: 4340
Autoria:
Carlos Alberto Alves, Ernesto Michelangelo Giglio.
Fonte:
Revista de Administração da Unimep, v. 7, n. 3, p. 46-69, Setembro-Dezembro, 2009. 24 página(s).
Palavras-chave:
Comprometimento , Confiança , Governança , Inovação , Redes de Empresa
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O objetivo deste artigo é analisar a tendência das afirmativas sobre a interface das relações sociais e das relações de negócios em redes, no escopo brasileiro. Especificamente estamos interessados nas relações entre as variáveis sociais de confiança e de comprometimento e as variáveis de negócios governança e inovação. A seleção dessas variáveis ocorreu como resultado de análise bibliográfica prévia. A afirmativa orientadora é que é lógico e coerente cientificamente propor relações claras entre essas quatro variáveis, mas não é o que ocorre no mundo empresarial e acadêmico brasileiro. O tema é importante, já que o formato em redes parece ser uma alternativa viável de competição das pequenas empresas e alguns estudos têm demonstrado que as variáveis sociais jogam um importante fator de nascimento, desenvolvimento e manutenção das redes. Como metodologia utilizou-se os raciocínios da fenomenologia e do indutivismo. Foram coletados dados de múltiplas fontes, tais como artigos acadêmicos, artigos de jornais, entrevistas com especialistas, análise de documentos, entrevistas com atores de redes. A conclusão é que acadêmicos e especialistas de mercado analisam as variáveis isoladamente, mas não se estabelecem relações claras. Uma possível explicação para o fato é que o paradigma do pensamento nacional estaria seguindo as premissas do positivismo analítico, ou seja, cada variável deve ser isolada para ser compreendida. Defendemos, no entanto, que a multiplicidade e complexidade são condições necessárias para o estudo de redes e que a afirmativa das relações entre variáveis sociais e de negócios traz alguns avanços teóricos na compreensão de redes e cria temas de pesquisas ainda pouco explorados no Brasil.