ID: 10959
Autoria:
Gary Alan Fine.
Fonte:
Revista de Administração de Empresas, v. 45, n. 4, p. 87-105, Outubro-Dezembro, 2005. 19 página(s).
Palavras-chave:
historia da sociologia , métodos qualitativos , psicologia social , sociologia do conhecimento , Teoria
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O interacionismo simbólico mudou no decurso das duas últimas décadas, tanto nos tópicos examinados pelos profissionais como em sua posição dentro da disciplina. Anteriormente considerados partidários de uma perspectiva marginal oposicionista, que confrontava a abordagem positivista e quantitativa da linha majoritária da sociologia, os interacionistas simbólicos descobrem agora que muitos dos seus conceitos nucleares foram aceitos. Simultaneamente, o seu cerne como comunidade intelectual ficou enfraquecido pela diversidade de interesses daqueles que se auto-identificam com a perspectiva. Examino aqui quatro processos que conduziram a essas mudanças: fragmentação, expansão, incorporação e adoção. Descrevo depois o papel do interacionismo simbólico em três dos maiores debates que confrontam a disciplina: o debate macro-micro, o debate estrutura/agência, e o debate realista social/interpretacionista. Discuto seis arenas empíricas para as quais os interacionistas contribuíram relevantemente: a teoria da coordenação social, a sociologia das emoções, o construcionismo social, a teoria do self e da identidade, a pesquisa macrointeracionista e a pesquisa aplicada a políticas relevantes. Concluo tecendo especulações sobre o futuro papel do interacionismo.