ID: 1737
Autoria:
Luis Claudio Mangi.
Fonte:
Revista de Administração de Empresas, v. 49, n. 3, p. 323-336, Julho-Setembro, 2009. 14 página(s).
Palavras-chave:
Bourdieu , crítica , Neoinstitucionalismo , psicanálise , sociologia
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Apesar da presença ainda hegemônica da ortodoxia estrutural-funcionalista, em meados dos anos 1980 surgem novas perspectivas filosóficas. Esse corpo teórico tornou-se um recurso intelectual e ideológico vital para aqueles que desejavam confrontar a dominância funcionalista nos estudos organizacionais, tais como a teoria da estruturação, teoria do processo de trabalho e a teoria neoinstitucional. O objetivo deste artigo é revisar a incorporação da obra de Bourdieu no neoinstitucionalismo. Argumento que essa apropriação resultou numa perda significativa de potencial teórico. Ao dar espaço para as metáforas cognitivistas dos modelos mentais, “scripts” e “schemas”, ao invés de adotar a noção de habitus, o neoinstitucionalismo reforça algumas das eternas dicotomias das ciências sociais, especialmente as de agência/estrutura e indivíduo/sociedade. Enquanto o neoinstitucionalismo estava refinando a abordagem cognitivista nos anos 1990, Bourdieu movimentava-se em direção à psicanálise. Algumas indicações para pesquisas futuras são fornecidas nas notas de conclusão.