ID: 63363
Autoria:
Renata Couto de Oliveira.
Fonte:
Revista de Administração de Empresas, v. 61, n. 4, p. 1-10, Julho-Agosto, 2021. 10 página(s).
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Uberização, gig economy, on-demand economy, economia de plataforma e crowdsourcing são exemplos de termos usados em diversos trabalhos acadêmicos para se referir ao grande número de transformações promovidas pelas tecnologias de comunicação e informação (doravante abreviado como “TCI”) nos universos das organizações e do trabalho, sem que haja consenso sobre seus significados (Filgueiras & Antunes, 2020, p. 30). O termo “uber ização” (Slee, 2017) remete diretamente à Uber, porém não se restringe a ela, sendo usado em sentido amplo como uma tendência global que atinge ocupações com diferentes qualificações e rendimentos, materializando processos e subjetividades associados à nova razão neoliberal do mundo (Dardot e Laval, 2016). A socióloga Ana Claudia Moreira cunhou a expressão “uberismo” para se referir a um modelo de organização e gestão do trabalho, tal qual taylorismo, fordismo e toyotismo, que surgiu no lastro das TCI e das plataformas (Santos, 2020). Além da Uber, são exemplos de “empresas-aplicativo” (Abílio, 2019) Loggi, iFood, Rappi e Lyft.