ID: 12199
Autoria:
Sylvia Constant Vergara, Victor Cláudio Paradela Ferreira.
Fonte:
Revista de Administração Pública, v. 39, n. 5, p. 1137-1159, Setembro-Outubro, 2005. 23 página(s).
Palavras-chave:
evocação livre de palavras , formadores de opinião , legitimidade , representações sociais
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O conceito de organizações não-governamentais (ONGs) é polissêmico, não havendo ainda um marco teórico consolidado sobre o que pode ou não ser considerado uma ONG. Mais do que uma simples questão semântica, porém, o que o fato revela é a dificuldade que se tem encontrado em entender as diversas faces dessas organizações. O próprio conceito de terceiro setor, no qual são classificadas, é problemático. A dificuldade não tem representado, no entanto, um impeditivo ao seu crescimento; ao contrário, elas se expandiram de forma muito acentuada nas últimas décadas. Para compreender o fenômeno, este artigo apoiou-se na teora das representações sociais e procurou identificar qual a representação social de ONGs feita pelos formadores de opinião do município do Rio de Janeiro. Elegeu a técnica de evocação de palavras para a coleta de dados. À tal evocação seguiu-se a apresentação de afirmações, com as quais os respondentes deveriam concordar ou não. A pesquisa revela que a representação social de ONG comporta, significativamente, várias idéias de conotação positiva, demonstrando que a sociedade tem legitimado esse tipo de organização, dando respaldo, portanto, à sua expansão.