ID: 14850
Autoria:
Suzana Braga Rodrigues.
Fonte:
Revista de Administração Pública, v. 19, n. 4, p. 60-75, Outubro-Dezembro, 1985. 16 página(s).
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A meu ver, a universidade moderna é uma instituição singular. Na literatura organizacional, no entanto, parece que não existe muito consenso quanto ao que seja uma universidade. Embora algumas vezes tratada como um tipo especial de burocracia, é também equiparada às demais organizações burocráticas, principalmente na concepção da teoria contingencial. Esta assume, implicitamente, que as regras que regem o funcionamento de uma empresa são as mesmas que ditam a vida nas universidades. Por outro lado, os estudos que não lidam estritamente com caracteres formais a veem, sem dúvida, como uma instituição muito particular. Cohen, March e Olsen falam de anarquia organizada; Baldridge, sobre multidiversidade e Butler emprega o termo politicking para contrapor a universidade a outras organizações. Ao contrário dos estudos contingenciais, que se atêm aos aspectos estruturais, esses autores preocupam-se com a dinâmica entre a racionalidade instrumental burocrática e as inter-relações sociais, trazendo, com isto, o foco de análise para o processo decisório.