ID: 57827
Autoria:
Flavio Sérgio Rezende Nunes de Souza, Marcus Vinicius de Azevedo Braga, Armando Santos Moreira da Cunha, Patrick Del Bosco de Sales.
Fonte:
Revista de Administração Pública, v. 54, n. 1, p. 59-78, Janeiro-Fevereiro, 2020. 20 página(s).
Palavras-chave:
administração pública , Brasil , COSO ERM , gerenciamento de riscos corporativos , ISO 31000:2009
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O interesse no gerenciamento de riscos tem crescido continuamente, fortalecido pela disseminação de modelos internacionais. Na administração pública federal brasileira, o uso da gestão de riscos é recente e encontra-se em expansão. Esta pesquisa analisou como modelos internacionais de gerenciamento de riscos corporativos são adotados pelas normas e orientações do Governo Federal. Aplicam-se os conceitos de forças coercitivas, normativas e miméticas da teoria neoinstitucional e observa-se a presença de conceitos das normas internacionais na normativa brasileira. Aplicou-se a análise de conteúdo em documentos, entrevistas, normas e palestras, a fim de identificar traços do modelo do Comitê das Organizações Patrocinadoras de Treadway (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission [COSO]) para Gerenciamento de Riscos Corporativos (Enterprise Risk Management [ERM]), conhecido como modelo “COSO ERM”, e do modelo da Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization [ISO]), conhecido como Norma ISO 31000:2009, adotados por sua relevância. Os resultados identifi cam que importantes atores exercem pressões para adoção dos modelos internacionais, como os próprios organismos internacionais, associações profissionais e órgãos públicos, em especial aqueles ligados à auditoria governamental. Apesar da forte influência verificada, a estruturação das normas permite a manutenção da autonomia nacional e sua customização no contexto das organizações.