ID: 45650
Autoria:
Lucas Fernando Lovatto, Daniel Christian Henrique, Marcus Vinicius Andrade de Lima.
Fonte:
Revista de Contabilidade e Organizações, v. 11, n. 29, p. 30-45, Janeiro-Abril, 2017. 16 página(s).
Palavras-chave:
Análise de Investimentos , Conditional Value-at-Risk , Fundos de Investimento Imobiliário , Otimização de Carteiras
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O propósito central deste estudo é analisar comparativamente os resultados de diferentes métricas de risco na composição de um Fundo de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). A partir da revisão de literatura, optou-se pela adoção das métricas de risco variância e Conditional Value-at-Risk (CVaR), desenvolvidas nos estudos de Markowitz (1952) e Rockafellar e Uryasev (2000, 2002), respectivamente. O estudo abrangeu uma amostra de 30 FIIs listados em bolsa de valores no âmbito da BMF&BOVESPA com retornos diários entre Julho de 2013 e Julho de 2015. Como metodologia, empregou-se modelagem e simulação computacional de carteiras teóricas para minimização do risco não-sistemático, submetendo-as a restrições de acordo com perfis de risco e instruções regulatórias. A principal constatação é de que as diferentes métricas produziram diferentes resultados nos portfólios de menor nível de risco. Nesta situação, o CVaR minimizou perdas mais acentuadas, decorridas de seu foco em risco downside. A métrica de risco variância, por sua vez, subestimou a probabilidade de eventos oriundos de tail risk, sendo sub-ótimo para investidores que possuem como objetivo primário a minimização de risco, mesmo que possivelmente com menor potencial de retorno esperado. Todavia, a partir de certo patamar de risco, ambas as métricas igualam seus resultados. Estes resultados puderam ser verificados em todas as fronteiras eficientes dos fundos analisados.