ID: 68720
Autoria:
Michel Mott Machado, Roberto Pessoa de Queiroz Falcão, Eduardo Picanço Cruz, Caroline Shenaz Hossein.
Fonte:
Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 10, n. 3, p. 1-11, Setembro-Dezembro, 2021. 11 página(s).
Palavras-chave:
Brasileiros , Canadá , Empreendedorismo imigrante , Toronto
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Objetivo: alisar o perfil sociodemográfico do empreendedorismo imigrante brasileiro em Toronto, seus traços comportamentais empreendedores e o negócio propriamente dito. Metodologia/abordagem: Trata-se de uma pesquisa multimétodos, exploratória-descritiva, com predominância qualitativa. Para a coleta de dados, foram realizadas surveys, aprofundadas com entrevistas presenciais e observações de campo. Resultados: A maioria se declarou proveniente do sudeste brasileiro, branca, de 35 a 49 anos, casada, com filhos, background acadêmico e profissional elevados. A influência do estado de malestar social no Brasil e do discurso oficial canadense parece atuar como fator de expulsão-atração à migração. A condição laboral de desempregados, na chegada dos imigrantes, pode “empurrá-los” a um empreendedorismo por necessidade, embora também sejam verificados negócios criados por oportunidade. Majoritariamente, os empreendimentos são de pequeno porte, do setor de prestação de serviços, com destaque aos que se concentram em West End, na cidade de Toronto. Nesse contexto, percebeu-se uma forte busca de identificação com a comunidade étnica ao qual os indivíduos pertencem, o que sugere a formação de economia de enclave. Contribuições teóricas/metodológicas: O artigo evidencia a importância de se realizar uma pesquisa multimétodos, com fins de entender as possíveis configurações empreendedoras dos imigrantes brasileiros. Relevância/ originalidade: Há relevância acadêmica devido aos escassos trabalhos na temática do empreendedorismo de imigrantes brasileiros no exterior, sendo que pouco se sabe sobre esse fenômeno no Canadá. Contribuições sociais: As trajetórias empreendedoras descritas minimizam riscos para futuros imigrantes; além disso, a discussão sobre o capital social da comunidade étnica permite comparações com os negócios de brasileiros em outros países.