ID: 64586
Autoria:
Natália Garcia de Oliveira, Niara Gonçalves da Cruz, Laura Edith Taboada Pinheiro, Jose Roberto de Souza Francisco.
Fonte:
Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, v. 11, n. 1, p. 38-53, Janeiro-Abril, 2021. 16 página(s).
Palavras-chave:
CPC 31 , Diversificação , Operações Descontinuadas
Tipo de documento: Artigo (Português)
Ver Resumo
O objetivo desta pesquisa é identificar a relação entre a diversificação corporativa e a descontinuidade de operações em empresas brasileiras, listadas na B3 no período de 2011 a 2018. A partir da década de 1980, verificou-se que a estratégia de diversificação não se mostrou eficaz (NAKAO, 2000). Algumas empresas começaram a desfazer suas composições, formadas pelas diversas aquisições ou criações internas, resultando em desinvestimentos. No Brasil, tais operações são pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 31: Ativo não circulante mantido para venda e operações descontinuadas. Para atender ao objetivo, foram analisados dados de 95 empresas brasileiras, não financeiras, listadas na B3, que contabilizaram pelo menos uma operação descontinuada no período de 2011 a 2018. O modelo econométrico utilizado foi o Logit em painel. Os resultados encontrados permitem inferir que a diversificação corporativa influencia positivamente a probabilidade de as empresas descontinuarem operações. Adicionalmente, verificou-se que empresas maiores são menos propensas a descontinuarem operações, por outro lado, empresas que possuem maior desempenho estão mais propensas a descontinuarem operações. Esta pesquisa pretende contribuir para ampliar o debate sobre operações descontinuadas no Brasil. Trata-se de um tema incipiente e pouco explorado pelos pesquisadores.