ID: 41307
Autoria:
Raquel Tiemi Masuda Mareco, Verônica Braga Birello.
Fonte:
Revista de Gestão e Secretariado, v. 7, n. 1, p. 132-149, Janeiro-Abril, 2016. 18 página(s).
Palavras-chave:
análise do discurso , imagem discursiva , secretariado executivo
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Este artigo tem como objetivo principal investigar quais imagens são sustentadas pela memória discursiva do sujeito-aluno de Secretariado Executivo e acerca de si e do profissional da área. Buscamos, dessa forma, observar as projeções imaginárias do estudante no processo de significação discursiva acerca de si e do profissional atuante em pesquisa aplicada com os acadêmicos do segundo ano do curso em uma universidade estadual do estado do Paraná. Portanto, buscamos responder à seguinte questão de pesquisa: Que imagem(ns) o estudante de Secretariado Executivo tem de si e do profissional da área? Para tanto, procuramos levantar e apresentar os pré-construídos que circulam em nossa sociedade sobre o profissional de secretariado, por meio de uma contextualização histórica. Dessa forma, foi possível apontar como a memória discursiva funciona na sustentação da(s) imagem(ns) do sujeito-aluno ao enunciar sobre si e sobre o profissional. Para tanto, partiremos das teorias da Análise do Discurso francesa com Pêcheux (1995; 1999) bem como seus desdobramentos do Brasil com Orlandi (2005). Ainda tomamos por base autores como Achard (1999) e Davallon (1999) para discutir alguns aspectos que dizem respeito à memória discursiva. Para tratar questões relativas às condições de produção específicas do secretariado temos por base trabalhos de Portela, Shumacher e Borth (2013), Birello e Mareco (2013), além de outros autores consideráveis para nossa pesquisa. Nossa pesquisa se caracteriza como um estudo de caso, realizado por meio de uma pesquisa de campo que teve como instrumento um questionário aberto. Nossas análises demonstraram que, mesmo os acadêmicos do curso de secretariado em fase inicial de formação, podem se basear em pré-construídos que não são mais a realidade do mercado de trabalho de sua profissão, promovendo, dessa forma, a perpetuação de uma imagem do secretário como a predominante no século XX e não no século XXI.