ID: 39508
Autoria:
Mario Ivo Serinolli, Maria da Penha Monteiro Oliva, Elias El-Mafarjeh.
Fonte:
Revista de Gestão em Sistemas de Saúde, v. 4, n. 2, p. 113-126, Julho-Dezembro, 2015. 14 página(s).
Palavras-chave:
ansiedade , depressão , estresse , estudantes de medicina , formação médica , pânico , qualidade , qualidade de vida , religião
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Alta competição por resultados, muitas horas de estudo, carga horária acadêmica elevada, entre outros motivos, são apontadas como causa do elevado índice de ansiedade, pânico e depressão nos estudantes de Medicina. Avalia-se o impacto do histórico diagnosticado pelo médico dessas patologias na qualidade de vida dos estudantes de Medicina por meio de pesquisa transversal com aplicação do questionário da Organização Mundial da Saúde para avaliação da qualidade de vida – formato curto (WHOQOL-BREF), acrescido de um questionário com perguntas relacionadas a histórico de ansiedade, síndrome do pânico ou depressão anterior, religião e onde residem seus familiares em 405 alunos de Medicina da cidade de São Paulo, Brasil. Nos resultados, os alunos com histórico prévio de ansiedade, pânico ou depressão (34,57%) obtiveram pior índice de qualidade de vida demonstrado nos domínios físico, psicológico, relação social e ambiental, quando comparados ao grupo sem histórico prévio de depressão (p < 0,005). Alunos que relatam ter religião têm melhor qualidade de vida, com índices superiores no domínio psicológico (p < 0,005). Estudantes cujas famílias residem em outras cidades têm histórico mais elevado de ansiedade, síndrome do pânico ou depressão (teste exato de Fisher = 0.014). Conclusão: neste trabalho, história de ansiedade, pânico ou depressão e alunos sem religião apresentam piores índices de qualidade de vida e devem ser monitorados por programas especiais para melhorar o bem-estar, com ênfase para os alunos provenientes de outras cidades.