ID: 32102
Autoria:
Luis Renato Junqueira, Carlos Henrique Soare, Maytê Cabral Mesquita, Luiz Alberto Bertucci.
Fonte:
Revista Economia & Gestão, v. 14, n. 35, p. 182-211, Abril-Junho, 2014. 30 página(s).
Palavras-chave:
Alavancagem , Estrutura de capital , Governança Corporativa , Teoria de agência
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Esta pesquisa buscou avaliar se a adesão às práticas de Governança Corporativa, em qualquer um dos níveis estabelecidos pela BM&FBovespa, reduz os conflitos de agência e, consequentemente, impacta no endividamento das empresas brasileiras de capital aberto. Para compor o modelo, foram adicionados outros fatores como lucratividade, tamanho e depreciação, uma vez que estes, teoricamente, também influenciam no volume de capital de terceiros das corporações. Os dados foram coletados por meio das demonstrações contábeis de 44 empresas que compõem o Índice Bovespa e dispostos no formato em painel, e o período analisado compreende os anos de 2004 a 2011. Foram testados três modelos: o de Estimador Comum, o de Efeitos Fixos e o de Efeitos Aleatórios, sendo este último o mais adequado, de acordo com os testes estatísticos realizados. No que tange à variável de Governança Corporativa, foi encontrada uma relação negativa, estatisticamente significativa, com o endividamento das empresas, confirmando a hipótese inicial. A Lucratividade também apresentou um resultado coerente com a teoria analisada indicando que corporações com maior lucratividade possuem menor volume de endividamento, por já suprir sua necessidade de caixa. Já as variáveis Tamanho e Depreciação não apresentaram resultados estatisticamente significativos e, portanto, não foram realizadas conclusões mais detalhadas.