ID: 36462
Autoria:
Ari Francisco de Araujo Junior.
Fonte:
Revista Economia & Gestão, v. 2, n. 3, p. 91-108, Janeiro-Junho, 2002. 18 página(s).
Palavras-chave:
Ciclo de vida , Coorte , Decomposição , Homicídios , Mortalidade
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Após apresentar a evolução visivelmente diferenciada das taxas agregadas de homicídios por 100 mil habitantes de Minas Gerais e dos outros Estados da federação e as taxas de faixas etárias distintas para o Brasil, o artigo discute os três efeitos que influenciam a variação total de diversas variáveis socioeconômicas (entre elas as taxas de homicídios), que são: efeito idade, período e coorte. Nesse sentido, foram realizadas estimativas econométricas que possibilitaram a decomposição dos efeitos idade-período-coorte das taxas de homicídios dos Estados brasileiros utilizando-se metodologia proposta por Deaton (1997). As informações sobre corrências de homicídios foram tabuladas a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (Datasus). O resultado geral encontrado nos leva a crer que, nos Estados nos quais a tendência da taxa bruta é crescente, o efeito coorte (estrutural) é ascendente, ou seja, as coortes mais jovens apresentam taxas específicas de homicídios bem maiores que as coortes mais velhas. A situação inversa também é, em geral, verdadeira, pois quando os Estados apresentam tendência declinante das taxas de homicídios, o efeito coorte é descendente. Os resultados sugerem também que, para a maioria dos Estados, a curva idade-crime (ou a curva de risco) apresenta o formato de “U invertido característico. Além disso, algumas implicações são discutidas.