ID: 8277
Autoria:
Silvio Santos Junior, Paulo Dabdab Waquil, Augusto Fisher.
Fonte:
Revista Economia & Gestão, v. 12, n. 28, p. 133-157, Janeiro-Abril, 2012. 25 página(s).
Palavras-chave:
Agroindústria , Êxodo , Fatores econômicos , Fatores institucionais , Fatores sociais
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A agroindustrialização vem sendo estimulada por programas institucionais como forma de conter o êxodo rural. Diferentes são, entretanto, os formatos organizacionais que essas agroindústrias rurais (AR) assumem, e diferentes são, também, suas "formas de fazer". O presente estudo se propõe a testar um conjunto de variáveis com a finalidade de identificar aquelas que podem mitigar o êxodo, na ótica dos dirigentes dessas AR. Também objetiva verificar se a agroindustrialização, como forma de contenção do êxodo, é percebida de forma diferenciada em função do tipo de AR considerado. Como base teórica utiliza-se das teorias: economia neoclássica e organização industrial, nova economia institucional e sociologia econômica. O universo abrange as agroindústrias rurais de pequeno e médio porte, e a amostra foi composta por 40 unidades de análise de duas microrregiões geográficas do estado de Santa Catarina. Os dados foram coletados em entrevista estruturada e operacionalizados por meio de estatísticas de correlação entre a variável que avalia a contenção do êxodo rural e as variáveis que compõem as dimensões do estudo. Para avaliar se as AR entendem, de forma diferenciada, que suas unidades produtivas auxiliam na retenção dos membros do grupo familiar na propriedade, recorre-se à regressão linear como modelo operacional. Os resultados mostram que o processo de agroindustrialização é eficaz na mitigação do êxodo, que é percebido de forma diferenciada pelos diferentes tipos de AR, e que os fatores econômicos e institucionais são considerados os mais relevantes pelos gestores das AR para conter o fenômeno.