ID: 5786
Autoria:
Mônica Külkamp Beppler, Maurício Fernandes Pereira, Alexandre Marino Costa.
Fonte:
Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 10, n. 1, p. 128-146, Janeiro-Abril, 2011. 19 página(s).
Palavras-chave:
Administração , Estratégia , Formação Estratégica , Formulação Estratégica
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O presente artigo tem como objetivo analisar o processo de estratégia nas organizações, à luz das terminologias de formulação e formação estratégica. O intuito é elucidar a compreensão de termos constantemente utilizados, mas que, por vezes, ocasionam uma lacuna de interpretação sobre o que efetivamente se expõe do processo de estratégia, ou seja, das diferenças entre adoção de estratégias clássicas, as quais preconizam distintas fases de elaboração e execução; e estratégias emergentes, ou de caráter processual, que são executadas em resposta a mudanças ambientais. Também tem o propósito de esclarecer as características de cada abordagem por meio do construto teórico dos principais autores. Caracterizou-se essa pesquisa como descritiva, com abordagem predominantemente qualitativa e utilização de dados secundários por meio de pesquisa bibliográfica. Verificou-se, por meio da análise dos principais autores de estratégia, que as diferenças entre formulação e formação estratégica não se limitam apenas à terminologia utilizada. Tais abordagens apresentam diferenças significativas em todo o processo de estratégia, divergindo principalmente na maneira como ela acontece nas organizações: na formulação, há um processo prescritivo, deliberado e racional; enquanto na formação, há ênfase na descrição, e a estratégia passa por um processo emergente, não intencional, consolidado por uma série de padrões de decisão ao longo do tempo. Enfim, a percepção da distinção de tais temas é considerada fundamental para a compreensão da estratégia nas organizações, principalmente no que tange às variáveis que podem influenciar o seu processo.