ID: 67696
Autoria:
Leonel Cezar Rodrigues, Valéria Riscarolli, Martinho Isnard Ribeiro de Almeida.
Fonte:
Revista Inteligência Competitiva, v. 1, n. 1, p. 63-85, Janeiro-Abril, 2011. 23 página(s).
Palavras-chave:
Estratégia , Inteligência Competitiva , Negócio
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A disponibilização de informações ambientais, dos cenários e entorno competitivo, é crítica para uma organização estabelecer um posicionamento efetivamente competitivo em seu entorno de operação. Ganhos em posicionamento, ajustes estruturais e alinhamento de processos são funções do uso adequado de informações certas e úteis. Assim, inteligência competitiva (IC) assume gradativamente um papel de importância estratégica para o remodelamento dos negócios e garantia da elasticidade corporativa. Busca-se aqui estabelecer um perfil da IC nas grandes corporações que atuam no Brasil. Para tanto, pesquisou-se exploratoriamente, numa amostra aleatória de 55 grandes empresas entre as 500 maiores do Guia das Maiores e Melhores - Exame 2004, por meio de um questionário estruturado fechado e um roteiro de entrevistas semi-estruturado. A pesquisa olhou o lócus funcional, objetivos, motivos, fontes, processos, usos, papel da TI e disciplinamento ético da IC nas organizações pesquisadas. Os principais resultados indicam grande incipiência na arquitetura, usos e função da IC nos negócios nas empresas pesquisadas. Apenas 11% delas possuem sistema de IC formalizado e estruturado. Poucas empresas usam a IC para suportar estratégias corporativas que possam garantir a sustentação da competitividade (benchmarking, recursos e capacidades especiais, análise SWOT). As principais conclusões indicam haver um pequeno número de empresas alinhadas com o conceito e funções da IC. Apesar de não haver um modelo predominante de IC no Brasil, o panorama mostra um princípio de modelagem do alinhamento interno das competências centrais e a IC como alimentadora, em grande parte, apenas de alternativas de diferenciação.