ID: 67688
Autoria:
Leonel Cezar Rodrigues, Benedita Hirene de França Heringer, Antonio Limongi França.
Fonte:
Revista Inteligência Competitiva, v. 1, n. 2, p. 198-204, Maio-Agosto, 2011. 7 página(s).
Palavras-chave:
Domínio tecnológico , Inovação , Inovação aberta , Inovação por usuário , Processos de inovação
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Desde que os setores industriais começaram a olhar a inovação como um instrumento de vantagens competitivas e de desenvolvimento econômico, o estudo da inovação tem se aprofundado em suas inúmeras variantes. Examina-se aqui o caso da Renishaw, uma empresa multinacional, líder em seu setor, centrada na produção e comercialização de instrumentos, metodologias e sistemas de ajustes finos em máquinas de controle numérico, com filiais em 30 países ao redor do mundo. Neste artigo, o objetivo é determinar as características do formato gerencial da inovação nessa empresa, considerando-se as características de seus processos de inovação. Utilizou-se o método de estudo de caso e coletou-se informações de três sujeitos sociais da alta administração da filial brasileira, com subsequente uso de documentos informativos oficiais. Os resultados indicaram que a empresa possui um modelo bem consolidado de acesso e ampliação da base tecnológica, centrado em sua matriz. Seus processos de inovação são caracterizados pela inovação aberta e pela inovação por usuário. Os processos de inovação aberta são decorrentes de interações com centros de P&D apenas no país sede da matriz. Seus processos de inovação distribuída, porém, estão dispersos no sistema capilar de suas filiais, com a tarefa de personalizar os produtos para os clientes. Assim, a empresa encontra equilíbrio entre a centralização do domínio tecnológico exercido exclusivamente pela matriz, por meio de inovações abertas e distribuídas, e a descentralização de inovações periféricas, por meio da inovação distribuída, através de suas filiais.