ID: 30887
Autoria:
Lucas Casagrande, Guilherme Dornelas Camara.
Fonte:
Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 5, n. 3, p. 115-128, Setembro-Dezembro, 2011. 14 página(s).
Palavras-chave:
Anarquismo , Christiania , Convivialidade , Liberdade , Zonas autônomas
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O artigo aborda as zonas autônomas temporárias (ZATs) e permanentes (ZAPs), organizações anarquistas que se instituem como contraposição à hegemonia do modelo social capitalista. Para os autores, as zonas autônomas podem ser frutíferas para os movimentos insurgentes no momento atual da crise do capitalismo. O objetivo proposto é apresentar as zonas autônomas como fontes de inspiração para organizações sociais que se oponham à contemporânea hegemonia da sociedade de indivíduos no mercado globalizado. Para isso, ao longo do texto, são pontuados os diferentes tipos de zonas autônomas pensadas por autores anarquistas, bem como é apresentado o caso da Cidade Livre de Christiania, ZAP que conta com cerca de mil habitantes. O trabalho é produto de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, que analisa interpretativamente os dados coletados em livros, sítios e fóruns da internet. De modo a realizar o objetivo, tais dados foram analisados interpretativamente, confrontados com a teoria disponível sobre o tema. O texto analisa as categorias liberdade e convivialidade nas ZAPs, assumindo que ideais anarquistas postos em prática nas ZAPs fundam-se em valores morais que geram os princípios de convivência e determinadas regras de comportamento, mesmo que essas sejam resumidas a agir a favor da realização de relações libertárias, ressaltando a responsabilidade dos integrantes dessas zonas frente ao compromisso com a liberdade.