ID: 50529
Autoria:
Rogério Piva Silva, Cassius Rocha Oliveira.
Fonte:
Sinergia, v. 15, n. 2, p. 21-31, Julho-Dezembro, 2011. 11 página(s).
Palavras-chave:
bem-esta , percepção , Poluição
Tipo de documento: Artigo (Português)
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A cidade do Rio Grande vem recebendo muitos investimentos no setor portuário, atraindo uma série de indústrias para a região. Atualmente, conta com uma indústria de fertilizantes e uma refinaria de petróleo que, apesar de serem consideradas grandes emissoras de poluentes, em todos os lugares onde estão instaladas, não alteram a qualidade do ar da cidade que é considerado bom pela FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), órgão responsável pelas medições. Entretanto, suspeitamos que a população perceba os impactos da poluição, e que isso não se reflete no medidor por este estar em um local inapropriado. Portanto, o objetivo deste trabalho foi medir a percepção da população do Rio Grande com relação à poluição do ar e verificar se existe uma relação entre o número de pessoas com problemas no aparelho respiratório com os locais mais afetados pela poluição (hot spot). Além disso, buscou-se avaliar a localização do medidor. Para tanto, utilizou-se o método da abordagem dedutivo, descritivo e pesquisa de campo, fundamentando-se em Pillet (1993) e Seeliger, Costa (1997), entre outros. Os resultados mostram que 68% da população percebe a poluição. No hot spot, esse percentual sobe para 80% e fora cai para 40%. Logo, a população sente, no mínimo, um desconforto advindo da poluição, ou seja, uma alteração negativa no seu bem-estar. Quanto ao medidor, sugerimos que seja transferido para dentro do hot spot.