ID: 46041
Autoria:
Viviani Teodoro Santos, Marcio Pascoal Cassandre.
Fonte:
Teoria e Prática em Administração, v. 7, n. 1, p. 170-206, Janeiro-Junho, 2017. 37 página(s).
Palavras-chave:
aprendizagem organizacional , prática , serventes de limpeza , terceirizados
Tipo de documento: Artigo (Português)
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Em razão da multiplicidade de abordagens e da complexidade do tema, a Aprendizagem Organizacional dificilmente poderia ser entendida por meio de conceitos únicos ou estanques. Um mundo de desafios e possibilidades se abre no estudo dessa temática, e refletir sobre os diversos caminhos faz parte do processo de aproximação do tema. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo conhecer o processo de aprendizagem das serventes de limpeza terceirizadas de uma instituição pública de Ensino Superior, e para alcançá-lo buscam-se respostas para quatro questões específicas: 1.Como as serventes aprenderam sua profissão? 2. Quais os impactos na aprendizagem, de um serviço terceirizado por parte das pesquisadas? 3. Qual a capacidade de interferência da gestão da instituição no processo de aprendizagem? 4. Como conduzir o processo de aprendizagem para solucionar a problemática? Mediante pesquisa qualitativa, composta por entrevistas individuais, grupos focais, bem como a utilização da autoconfrontação simples, observou-se que a aprendizagem do grupo provém de uma prática cotidiana fortemente vinculada às suas histórias de vida. Uma aprendizagem construída no coletivo, por meio das interações sociais, mediada por artefatos físicos e simbólicos e influenciada por uma dupla cultura organizacional, por um juízo estético, por um pensar vinculado ao fazer e por uma capacidade transformadora da própria atividade por parte das sujeitas. Nesse sentido, entende-se que uma alternativa apropriada para um futuro trabalho seria a opção por metodologias intervencionistas em razão de serem capazes de proporcionar um espaço de reflexão e participação, em que as contradições possam ser trabalhadas de forma cíclica, transformando os envolvidos em sujeitos ativos e autores da própria trajetória de mudanças, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.