ID: 21924
Autoria:
Oswaldo Dias dos Santos Jr, Paulo dos Santos Pires.
Fonte:
Turismo: Visão e Ação, v. 9, n. 2, p. 273-273, Maio-Agosto, 2007. 1 página(s).
Palavras-chave:
Planejamento turístico , Turismo , Turismo em áreas naturais , Unidades de conservação , Uso público
Tipo de documento: Resumo de Teses ou Dissertações (Português)
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O desenvolvimento do turismo, principalmente em áreas naturais, tem cada vez mais exposto as unidades de conservação, assim como as demais áreas de grande importância e interesse ecológico, às ações e interferências do homem. Fato este que, em muitos casos, leva à discussão pública, questões como quais são os níveis desejados de visitação para as unidades de conservação. No Brasil, as unidades de conservação possuem normas e restrições específicas para a visitação, de acordo com as categorias estabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação. A visitação em unidades de conservação, em especial nas unidades da categoria parque, é uma forma possível de aproximação entre visitantes e os objetivos de conservação estabelecidos pelo Plano de Manejo e pelo Programa de Uso Público. No entanto, o processo de elaboração do Plano de Manejo, assim como sua efetiva aplicação são lentos, atrasando a implantação de infra-estrutura, equipamentos e serviços destinados ao uso público recreativo. A regulamentação das atividades de uso público podem minimizar os impactos gerados pela atividade desordenada, além de estimular uma nova postura de visitação, através de atividades que estimulem a educação e interpretação ambiental, como também do ecoturismo e recreação em áreas naturais. O turismo desordenado é uma atividade agressiva para as unidades de conservação, principalmente quando praticado por pessoas menos sensíveis as questões ambientais como a conservação. Nestes casos, as unidades de conservação ficam mais expostas, pois com o crescimento da atividade turística, ocorre o aumento da pressão pela ocupação das áreas de entorno, o que põe em risco a real e principal função destas áreas. Particularmente, a Ilha do Mel, em função da sua proximidade com as demais cidades litorâneas do estado do Paraná, tem sofrido os efeitos do crescimento da atividade turística. Esta pesquisa busca analisar o uso público no Parque Estadual da Ilha do Mel, através da observação das necessidades, expectativas e comportamento dos visitantes em relação aos objetivos propostos para esta categoria no Sistema Nacional de Unidades de Conservação, fornecendo informações que possibilitem orientar as condições de uso público do parque, redirecionando a visitação desordenada para ações centradas nos objetivos e interesses do gestor, de acordo com os objetivos definidos pela legislação ambiental vigente, conforme a legislação e o interesses do gestor da unidade.