ID: 22125
Autoria:
Carlos Eduardo Pinto Pimentel, Maria do Carmo Martins Sobral.
Fonte:
Turismo: Visão e Ação, v. 5, n. 1, p. 87-88, Janeiro-Abril, 2003. 2 página(s).
Tipo de documento: Resumo de Teses ou Dissertações (Português)
Ver Resumo
No início dos anos 90, a decisão de instalação do Projeto Costa Dourada, compreendido entre os municípios de Cabo de Santo Agostinho (litoral sul do Estado de Pernambuco) e Barra de Santo Antônio (litoral norte do Estado de Alagoas), resultou na criação do Centro Turístico de Guadalupe. Localizado no litoral sul de Pernambuco e a 65 km do Aeroporto Internacional dos Guararapes no Recife, o Projeto apresentou-se como alternativa econômica para o desenvolvimento da região e foi fortalecido com o advento da industria do turismo, como atividade que tem apresentado elevados índices de crescimento nos mais diversos setores, destacando-se entre os vários segmentos de mercado, o ecoturismo. Assim, o projeto se enquadra perfeitamente dentro da linha de financiamento estipulada pelo BID/BND/PRODETUR, com ênfase na melhoria da sua estrutura básica e maior oferta de serviços públicos com qualidade. Numa área de aproximadamente 15,5 km de litoral, procurou-se ressaltar a presença da sua beleza cênica, emoldurada por um ambiente relativamente bem conservado e pouco antropizado, destacando-se a Mata Atlântica e outros ecossistemas associados, tais como restinga, mangue e estuários. Todo o conjunto natural está a exigir a adoção de medidas urgentes, no sentido de controlar o processo de intervenções do projeto na região, uma vez que o mais preocupante é, sobretudo, a tendência de um maior agravamento do impacto provocado, o que torna a questão mais séria, pois o Centro Turístico de Guadalupe do Projeto Costa Dourada já está definido e com execução iniciada. Diante do exposto e tendo em vista a magnitude do empreendimento, bem como os problemas ambientais verificados durante a sua fase inicial de implantação, construir um modelo de gestão ambiental que incorpore como essência características preventivas, torna-se um grande desafio. A gestão ambiental recomendada nesta dissertação, se acha pautada nos princípios e instrumentos oriundos da Política Nacional do Meio Ambiente e diretamente relacionadas com a área do Centro Turístico de Guadalupe, onde é conflitante a atual proposta de zoneamento e a situação ambiental desejável. Sugere-se no final, a necessidade de um redimensionamento sempre dirigido para a prática do Turismo Ecológico, com prioridade de instalações de hotéis, cujo reais e maiores benefícios decorrerão, decerto, da riqueza contida na privilegiada natureza.