ID: 44881
Autoria:
Aurora Carneiro Zen, Ana Isabel Jaramillo López, Ângela Maria Ferrari Dambros, Daniela Callegaro de Menezes, Bernardo Dias Machado.
Fonte:
Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, v. 15, n. 3, p. 153-169, Setembro-Dezembro, 2016. 17 página(s).
Palavras-chave:
Gestão da inovação , Nagi , Triple Helix
Tipo de documento: Artigo (Português)
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O objetivo deste trabalho é analisar as interações entre governo, universidade e indústria, hélices que compõem o modelo Triple Helix , a partir do processo de implantação de um programa governamental de apoio à inovação no Brasil. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa exploratória junto a cinco Núcleos de Apoio à Gestão de Inovação (Nagis), que são projetos financiados através de apoio do governo federal, com intuito de incentivar a inovação nas empresas do país. Os dados foram coletados por meio de documentos e entrevistas com os gestores dos núcleos, com o uso de um roteiro semiestruturado quanto à sua operacionalização (estrutura de funcionamento, metodologia desenvolvida e experiência de aplicação dessa metodologia). Com base nos resultados obtidos foi possível identificar a trajetória dos Nagis, suas metodologias e as dificuldades encontradas no processo de implantação. A partir daí foi realizada uma análise a respeito do papel do relacionamento das hélices que compõem o modelo Triple Helix e que fundamentaram o projeto de criação dos Nagis. Como principal conclusão, identificou-se que a sinergia entre governo, universidade e indústria é limitada, o que não permite avanços mais relevantes no programa. As evidências apontam para uma necessidade de reestruturação do papel de cada “hélice” objetivando mudanças nas relações bilaterais. As empresas precisam ser sensibilizadas de forma mais enfática sobre a importância da inovação, e adotarem postura mais proativa frente a isso. Recomenda-se à academia a adoção de uma postura mais empreendedora e ao governo, por sua vez, a assunção de uma postura não só de financiador, mas também de orientador e facilitador das atividades de inovação.