ID: 7292
Autoria:
Alexandre Di Miceli da Silveira, Ricardo Pereira Câmara Leal, Lucas Ayres Barreira de Campos Barros, André Luiz Carvalhal-da-Silva.
Fonte:
RAUSP Management Journal, v. 44, n. 3, p. 173-189, Julho-Setembro, 2009. 17 página(s).
Palavras-chave:
estrutura de propriedade , governança corporativa , índice de governança corporativa , mecanismos de governança , teoria de agência
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
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Neste artigo, analisam-se a evolução e os determinantes das práticas de governança das empresas brasileiras de 1998 a 2004 por meio de amplo índice de governança corporativa. Uma contribuição-chave é a análise da adoção totalmente voluntária de diretrizes de governança ao longo de um período de tempo de seis anos, visto que na maioria dos estudos se analisam amostras de seção cruzada com dados de apenas um ou poucos anos. Adicionalmente, trata-se de um dos primeiros artigos em que se analisa o impacto da estrutura de propriedade sobre a qualidade da governança corporativa, isolando-se o efeito do direito de controle e do direito sobre o fluxo de caixa. No geral, a qualidade da governança corporativa nas empresas brasileiras vem melhorando lentamente, mas ainda pode ser considerada pobre. A adoção voluntária também tem gerado maior divergência do que convergência nas práticas de governança, levando a maior heterogeneidade na qualidade da governança das empresas analisadas. A adesão voluntária a segmentos de listagem mais rígidos, como os Níveis Diferenciados de Governança da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a adesão a American Depositary Receipts (ADR) Nível 2 ou Nível 3 no mercado norte-americano, é associada positivamente a maior qualidade da governança corporativa. Observou-se, ainda, que a concentração do direito de voto e a presença de uma família como acionista controlador são associadas com piores práticas de governança, enquanto a presença de um bloco de acionistas com controle compartilhado é associada a melhores práticas.