ID: 42450
Autoria:
Allan Pinheiro Holanda, Antonio Carlos Coelho.
Fonte:
Revista de Finanças Aplicadas, v. 3, n. 1, p. 1-39, Julho-Setembro, 2014. 39 página(s).
Palavras-chave:
Estrutura de Propriedade , Evolução Temporal , Governança Corporativa , Setor de Atuação , Sociedades por Ação de Capital Aberto
Tipo de documento: Artigo (Português)
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OBJETIVO
A pesquisa teve como alvo decompor a evolução da estrutura de propriedade das sociedades de capital aberto operando no Brasil, mostrando atributos a ela associados de 1998 a 2012, destacando modificações em suas características ao longo do período considerado.
METODOLOGIA
Incluíram-se na investigação tanto firmas listadas nos mercados bursáteis como as firmas apenas registradas na CVM e não listadas para negociação em bolsa, totalizando 1286 empresas. As características de estrutura de propriedade investigadas foram classificadas em três grupos (Concentração de Propriedade, Controle Societário e Qualidade e Quantidade de Acionistas) e analisadas sob 3 perspectivas (evolução temporal, mercado de listagem e setor de atuação das empresas). O exame se processou por meio das técnicas de Análise de Correspondência e de Testes de Diferenças de Média (paramétricos e não paramétricos), além de mostrar estatística descritiva dos atributos estudados.
RESULTADOS E CONCLUSÕES
Foram constatados pela análise: elevada participação de maior acionista, seja no capital ordinário seja no capital total; reduzida percentagem de empresas de origem estrangeira operando no Brasil; predominância de origem de capital nacional privado; e presença de acionista controlador na maioria das firmas brasileiras. Temporalmente, constatou-se: adesão crescente de firmas à listagem de governança corporativa; redução da participação do maior acionista no capital; e diminuição da presença de acionista controlador.
IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
A inferência de que a evolução da estrutura de propriedade no Brasil associa-se ao advento de preocupações com o tema da governança corporativa, tanto por órgãos reguladores, quanto pela interferência de mecanismos criados e estimulados por institui- ções de mercado (listagens diferenciadas na BM&FBOVESPA) e de educação continuada (IBGC), implica em que tais instrumentos podem contribuir efetivamente para a democratização do capital das empresas e pela disseminação de adesão ao mercado de capitais.