ID: 59496
Autoria:
Antonio Carvalho Neto, Fernanda Versiani, Kelly Pellizari, Carolina Mota-Santos, Gustavo Abreu.
Fonte:
Revista Economia & Gestão, v. 20, n. 55, p. 87-101, Janeiro-Abril, 2020. 15 página(s).
Palavras-chave:
Barreira da língua , Colegas de trabalho brasileiros , Gerentes brasileiros , Imigração Sul-Sul , Mercado de Trabalho Brasileiro
Tipo de documento: Artigo (Inglês)
Ver Resumo
Desde 2010, cerca de meio milhão de imigrantes entraram no Brasil. Este artigo aborda a experiência deles no mercado de trabalho brasileiro diante do desafio da barreira da língua portuguesa, língua aqui entendida como linguagem falada, escrita e corporal. A abordagem Sul-Sul aqui proposta difere muito da lietartura sobre imigração, a maioria Sul-Norte. Em 6 visitas a campo, o grupo de pesquisa observou a chegada ao Brasil, o processo de contratação e a experiência de 34 imigrantes do Haiti, Bolívia, Venezuela, Angola, Nigéria, Togo, Iraque e Iêmen trabalhando em dez empresas brasileiras. Além da técnica de observação, foram entrevistados estes imigrantes, trabalhadores sociais, empregadores e colegas de trabalho brasileiros. Os empregadores enfatizaram o entusiasmo dos imigrantes, a vontade de aprender e a dedicação ao trabalho. Os imigrantes, que gostaram da recepção no Brasil, e os empregadores usaram o Google Translator, o mimetismo e até desenhos para se comunicar. Estas mesmas formas criativas foram usadas para ensinar atividades de trabalho aos imigrantes, além de colocar o imigrante ao lado de outro trabalhador brasileiro para que o imigrante aprendesse olhando. Queixas sobre falta de paciência dos brasileiros e falta de dedicação dos imigrantes para aprender português foram registradas.